31 de julho de 2025
ECONOMIA/ PODER

Depois do anúncio de Flávio Bolsonaro indicado para presidência por Jair Bolsonaro, Ibovespa caiu 4,31%, o maior recuo desde 2021

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Por Politica Real com agências
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Mercados hoje, em queda

( reeditado) 

(Brasília-DF, 05/12/2025)  Nesta sexta-feira, 05, depois de três recordes consecutivos, o Ibovespa caiu mais de 4% após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmar que foi o escolhido do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para disputar as eleições presidenciais de 2026.

A derrocada das ações começou no meio do pregão com a notícia adiantada pelo portal Metrópoles e ganhou tração conforme foi confirmada por aliados e pelo próprio Flávio Bolsonaro.

O saldo final foi uma queda de 4,31% para o Ibovespa, que encerrou aos 157.369 pontos. Foi o maior recuo diário do índice desde a perda de 4,9% em fevereiro de 2021. Já o dólar saltou 2,31%, para R$ 5,43.

A decisão cria um cenário de divisão da direita e reduz as chances de candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Consultorias econômicas avaliam que a eventual candidatura de Flávio Bolsonaro ainda precisa decantar antes de ser tratada como um movimento concreto. Há “muita água para passar debaixo da ponte” até o início oficial do ciclo eleitoral, e o ambiente político segue altamente volátil.

No cenário atual, esse gesto, claramente antecipado, parece muito mais uma mensagem política do que um passo real rumo à sucessão de Jair Bolsonaro. Trata-se de um recado direto ao Centrão, que vinha ocupando o vácuo deixado pelo enfraquecimento do ex-presidente e avançando na articulação de uma candidatura própria de centro-direita, com Tarcísio de Freitas despontando como principal nome.

Nesse cenário, avaliam consultorias, o movimento serve como uma demonstração de sobrevivência política: o clã Bolsonaro sinaliza que ainda pretende influenciar a montagem do campo da direita e que não aceitará ser alijado da condução desse processo. É, portanto, menos sobre lançar Flávio agora e mais sobre marcar território, preservar relevância e evitar que outros atores consolidem hegemonia antes da hora.

( da redação com informações da Bloomberg Linea. Edição: Política Real)