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  • Contato Brasil, 19 de abril de 2024 17:55:09
Genésio Jr.
  • 27/06/2021 13h55

    Que venha logo julho!

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    Mês de julho( Foto: Maria Helena)

    (Brasília-DF) O mês de junho tem sido, particularmente, complicado para o Presidente Jair Bolsonaro, e seu governo.

    Não se pode nem dizer que seja coisa de inferno astral, pois o homem é nascido em 21 de março. Em 18 de junho de 2020, no primeiro ano da pandemia do covid-19, o ex-assessor da família Fabrício Queiróz foi preso num imóvel-escritório do advogado Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

    Nesse 25 junho de 2021,  segundo ano da pandemia, o  deputado federal Luís Miranda(DEM-DF), então de sua base de apoio, ao lado o irmão servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, disse na CPI da Pandemia, no Senado, que fez uma denúncia de compra suspeita da vacina covaxin, contra o covid-19, ouviu de Bolsonaro que iria colocar a Polícia Federal no circuito, e ao que se sabe, o presidente nada fez. Detalhe: não é que Frederick Wasseff aparece no Senado à busca para falar com os senadores da CPI!

    Neste mês de junho, só para você ter uma ideia do tamanho da dificuldade, antes, no 19 de junho, a oposição de esquerda e outros de centro fizeram uma manifestação contra ele e seu governo ainda maior do que já tinha sido feito. Para espanto, até de aliados, ele xingou e dirigiu impropérios a quem perto se apresentasse, ao ser perguntado porque insiste em não usar máscaras, lá na paulista Guaratinguetá.  

    Ele, particularmente, tem por hábito xingar maltratar mulheres jornalistas que lhe fazem perguntas que não gosta. Recebeu censuras de todos os chefes de poderes, inclusive aliados.  Uma de suas pautas do momento, o voto impresso(e auditável!) sofreu duro revés, pois 11 presidentes de partidos, inclusive que lhe dão apoio, fecharam questão em apoio ao voto eletrônico – partidos que representam  326 deputados federais e 55 senadores.

    O mês ainda não terminou, mas as pesquisas divulgadas(Ipec, Ideia e Poder 360) mostraram um quadro de forte enfraquecimento, que alguns arriscam falar em “derretimento”, na popularidade. Para completar, o então aliado, deputado Luís Miranda ainda sugere que tem gravação de conversa com o Presidente da República!

    Se Bolsonaro achou o junho de 2020 um mês difícil, este junho de 21 tem sido um desastre.

    Bolsonaro, poucos duvidam, o mais improvável chefe de Estado deste país após a retomada da democracia, com eleições presidenciais, não pode ser jogado na lata do lixo, como alguns arriscam.  Não se pode esquecer que o Brasil vive sua maior crise sanitária da história, que gerou um impacto fiscal sem precedentes, que ao mesmo tempo já entrou numa nova onda de boom de commodities, pois o Planeta precisa retomar seu rumo com o recuo da pandemia nos países ricos e na China que não pode parar de crescer!

    Bolsonaro tem a seu favor, também, uma geração de ativos em dólar em nossas reservas que deverá ser crescente. O Produto Interno Bruto vai crescer, mas economistas estrelados apostam em pouca geração de emprego.

    O governo anunciou uma reforma na tributação na renda que atende parte da classe média com a isenção do IR para aqueles que ganham até R$ 2,5 mil, no entanto poderá ser um problema na geração de empregos formais, gerando muitas dúvidas entre os empreendedores e rentistas, o que no lugar de gerar confiança poderá gerar mais dúvidas.

    Bolsonaro ainda tem a seu favor a possibilidade de agitação econômica com a venda da Eletrobras e o setor de saneamento, além de um novíssimo Bolsa Família. O que estranha é que os setores econômicos não apostam numa melhora do PIB no ano que vem, nem na incorporação dos chamados “invisíveis”.

    É muita confusão para um junho só! Bolsonaro que torça por notícias melhores em julho!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]  


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