Déficit primário do Governo Federal até novembro de R$ 14,4 bilhões; DLSP atingiu 65,2% do PIB
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(Brasília-DF, 30/12/2025) Na manhã desta terça-feira, 30, o Banco Central divulgou o seu Estatísticas Fiscais com os dados atualizados até novembro de 2025.
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$14,4 bilhões em novembro, ante déficit de R$6,6 bilhões no mesmo mês de 2024. Houve déficit de R$16,9 bilhões no Governo Central e de R$2,9 bilhões nas empresas estatais, e superávit de R$5,3 bilhões nos governos regionais. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$45,5 bilhões, 0,36% do PIB, ante déficit de R$37,7 bilhões, 0,30% do PIB, nos doze meses acumulados até outubro.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$87,2 bilhões em novembro, comparativamente a R$92,5 bilhões em novembro de 2024. No acumulado em doze meses até novembro, os juros nominais alcançaram R$981,9 bilhões (7,77% do PIB), comparativamente a R$918,2 bilhões (7,83% do PIB) nos doze meses até novembro de 2024.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$101,6 bilhões em novembro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.027,4 bilhões (8,13% do PIB), ante déficit nominal de R$1.024,9 bilhões (8,15% do PIB) em outubro de 2025.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP atingiu 65,2% do PIB (R$8,2 trilhões) em novembro, elevando-se 0,5 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (0,7 p.p.), da valorização cambial de 0,9% no mês (0,1 p.p.), do déficit primário (0,1 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,1 p.p.). No ano, o aumento de 3,9 p.p. na relação DLSP/PIB refletiu, em especial, os impactos dos juros nominais (7,0 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 13,9% (1,6 p.p.), do déficit primário do período (0,5 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-1,1 p.p.) e da variação do PIB nominal (-4,2 p.p.).
A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – atingiu 79,0% do PIB (R$10,0 trilhões) em novembro de 2025, elevando-se 0,6 p.p. do PIB no mês. Essa elevação decorreu, sobretudo, dos juros nominais apropriados (0,7 p.p.), das emissões líquidas de dívida (0,4 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.). No ano, a DBGG elevou-se 2,8 p.p. do PIB, em função, principalmente, da incorporação de juros nominais (8,1 p.p.), das emissões líquidas de dívida (0,4 p.p.), do reconhecimento de dívidas (0,2 p.p.), do crescimento do PIB nominal (-5,2 p.p.), do efeito da valorização cambial (-0,6 p.p.) e dos demais ajustes da dívida externa (-0,2 p.p.).
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)