31 de julho de 2025
ECONOMIA

Dias Tofffoli, atendendo PF, manda ouvir dono do Master, ex-presidente do banco BRB e um dos diretores do BC; só depois dessas oitivas poderá ser feita acareação entre os três

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Por Politica Real com agências
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Ministro Dias Toffoli Foto: Arquivo da Política Real

Com agências

(Brasília-DF, 30/12/2025) Na noite dessa segunda-feira, 29, houve o anuncio de decisãi que mudou decisões do ministro Dias Toffoli, sobre o caso do Banco Master que deverá fazer com que fique para 2026 uma acareação determinada.

Após levar a investigação para o STF, ministro Antonio Dias Toffoli, relator da investigação na Corte, decretar sigilo sobre o caso, o ministro marcou uma acareação entre o dono do Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do banco BRB Paulo Henrique Costa, e um dos diretores do BC, Ailton de Aquino, nesta terça-feira ,30.

Na véspera do procedimento, porém, o STF esclareceu que, na verdade, os três prestarão depoimentos separadamente à Polícia Federal. Depois disso, a delegada responsável fará a acareação, caso considere necessário.

Acareações servem para esclarecer controvérsias em versões dadas em uma investigação ou processo. No entanto, nesse caso, a medida foi marcada por Toffoli apesar da oposição do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Gonet avaliou que o procedimento seria prematuro, já que ainda não haviam sido colhidos depoimentos dos envolvidos com possíveis contradições a serem esclarecidas.

O Banco Central, por sua vez, apresentou um pedido de esclarecimentos sobre a participação de Ailton de Aquino na acareação.

No sábado ,27, ao julgar esse recurso, Toffoli manteve o procedimento e informou que nem o BC nem o diretor eram alvos de investigação. Apesar disso, considerou que seria "salutar" sua participação.

"Tendo em vista que o objeto da investigação tange à atuação da autoridade reguladora nacional, sua participação nos depoimentos e acareações entre os investigados é de especial relevância para esclarecimento dos fatos", disse o ministro, na decisão.

A liquidação do Master

A liquidação do banco Master ocorreu no dia 18 de novembro, mesmo dia em que uma operação levou à prisão de Vorcaro e de outros executivos do banco.

Em 28 de novembro, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região concedeu habeas corpus e mandou soltar Vorcaro, os ex-diretores Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, além de Augusto Ferreira Lima, ex-sócio do banco.

Eles são monitorados por tornozeleira eletrônica e estão proibidos de exercer atividades no setor financeiro, de ter contato com outros investigados e de deixar o país.

A quebra do Master é a maior da história do país em impacto para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — associação privada que funciona como uma espécie de sistema de garantia de depósitos, cobrindo investimentos de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ (por instituição financeira) em caso de quebra de alguma instituição associada.

Segundo o FGC, 1,6 milhão de investidores do banco, que detinha R$ 41 bilhões em CDBs, poderão ser ressarcidos.

A PF investiga suspeitas de fraudes na concessão de créditos, emissão de títulos irregulares e criação de carteiras falsas — operações que, segundo os investigadores, movimentaram valores bilionários e alimentaram uma tentativa de venda da instituição ao BRB.

( da redação com informações da BBC Brasil. Edição: Politica Real)