Jair Bolsonaro faz novo procedimento para sanar uma persistente crise de soluços e deverá ter alta hospitalar após o 1º de janeiro
Veja mais
Publicado em
(Brasília-DF, 29/12/2025). Na tarde desta segunda-feira, 29, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a uma nova cirurgia para tratar uma persistente crise de soluços.
Segundo a equipe médica informou a jornalistas na porta do hospital DF Star, em Brasília, ele está estável e ficará ao menos 48 horas em observação, com previsão de alta no dia 1º de janeiro.
No sábado ,27, já tinha sido feito um primeiro procedimento de bloqueio do nervo frênico, responsável por controlar o diafragma. Na ocasião, foi usada anestesia para bloquear o nervo direito. Dessa vez, foi realizado o mesmo procedimento no nervo frênico esquerdo.
Esta é a décima cirurgia à qual Bolsonaro é submetido desde que foi vítima de uma facada durante a campanha nas eleições presidenciais de 2018.
Ele também foi submetido na quinta-feira ,25, a uma cirurgia para corrigir hérnias na região da virilha. Segundo uma postagem em seu perfil nas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse que o procedimento havia sido realizado com sucesso.
Na sequência, porém, a equipe médica decidiu realizar as cirurgias para tratar as crises de soluço que afetam o presidente com frequência.
"Esse tipo de quadro, a gente denomina de soluços persistentes ou intratáveis. São quadros extremamente raros", explicou o cardiologista Brasil Ramos Caiado, um dos médicos que atende o ex-presidente.
"E eles são decorrentes de outras doenças, mais comumente de pós-cirurgia do abdômen, que é um problema que o presidente tem, e também de doenças do trato gastrointestinal, que também ele tem", disse ainda.
Antes da nova cirurgia, Carlos Bolsonaro postou na manhã de segunda-feira que Bolsonaro passou uma noite ruim no hospital.
"Sua pressão arterial estava altíssima e, mais uma vez, os médicos precisaram intervir para controlar o quadro e avaliar a possibilidade de uma nova cirurgia hoje para tentar cessar os soluços. Também foi iniciado o tratamento para a apneia do sono", escreveu Carlos em suas redes sociais.
Já no dia 12 de dezembro, ele compartilhou um vídeo mostrando seu pai tendo uma dessas crises de soluço enquanto dormia. A gravação foi feita antes de ele ser preso em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, em novembro.
Na ocasião, Carlos voltou a criticar a prisão de Bolsonaro e disse que seu pai poderia morrer caso broncoaspirasse por causa do refluxo constante.
"Ele precisa de cuidados especiais 24 horas por dia, e sua condição só piora. Existem episódios muito mais graves do que os que aparecem nesse vídeo, e eles representam risco real e imediato à sua vida".
"Sem cuidados médicos contínuos, acompanhamento ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada".
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, não atendeu os pedidos da defesa do ex-presidente para reestabelecer a prisão domiciliar devido aos problemas médicos, mas autorizou acompanhamento médico constante a Bolsonaro na prisão, com livre acesso de profissionais de saúde e um atendimento de plantão na Polícia Federal.
O ministro também autorizou a realização das cirurgias nos últimos dias no Hospital DF Star.
( da redação com informações de agências. Edição: Política Real)_