31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem índices relevantes para divulgação

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Por Politica Real com agências
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 17/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call”: da XP Investimentos apontando os mercados globais em alta e no Brasil sem índices relevantes para divulgação.

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,4%) após a terceira sessão consecutiva de queda, com dados mais fracos do mercado de trabalho. O payroll mostrou que a economia americana perdeu 105 mil empregos em outubro, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,6%. Em novembro, foram criadas 64 mil vagas, acima das expectativas, mas insuficientes para aliviar preocupações sobre desaceleração econômica.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), com investidores se posicionando antes das decisões de política monetária dos principais bancos centrais da região. Dados de inflação no Reino Unido mostraram desaceleração para 3,2% em novembro, abaixo dos 3,6% do mês anterior, reforçando expectativas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra. A libra recua cerca de 0,7% frente ao dólar, enquanto as taxas das gilts caem em toda a curva.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,8%; HSI: +0,9%), sustentados por valorização de ações de tecnologia e semicondutores. O movimento ocorre apesar do ambiente externo mais cauteloso, com investidores acompanhando dados comerciais do Japão e novidades no setor de chips, após estreias fortes de empresas ligadas à inteligência artificial nas bolsas chinesas.

Nos Estados Unidos, destaque para a divulgação de dados atrasados do principal relatório sobre mercado de trabalho (Nonfarm Payroll). Houve destruição líquida de 105 mil empregos em outubro, um resultado pior do que a estimativa de mercado (-25 mil). Por sua vez, as estatísticas de novembro apresentaram geração de 64 mil postos, um pouco acima das estimativas (50 mil). A taxa de desemprego subiu de 4,4% em setembro para 4,6% em novembro (previsão: 4,5%). Além disso, as vendas varejistas ficaram estáveis em outubro, enquanto os índices PMI da indústria e serviços vieram abaixo das projeções. Os sinais adicionais de desaceleração gradual da atividade e de enfraquecimento no mercado de trabalho levaram a uma queda – moderada – nas taxas de juros dos títulos do Tesouro americano.

IBOVESPA -2,4% | 158.558 Pontos.     CÂMBIO +0,73% | 5,46/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (16) em queda de 2,4%, aos 158.558 pontos, refletindo o aumento da cautela dos investidores diante do cenário político, à medida que o mercado passa a acompanhar com mais atenção as discussões relacionadas às eleições de 2026.

Entre os destaques positivos, Brava (BRAV3, +2,5%) avançou após uma notícia indicar que a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3). Na ponta negativa, Cosan (CSAN3, -6,8%) recuou após anunciar a realização de uma transação que incluiu a venda de ações da Rumo (RAIL3, -6,9%), que foi outro destaque negativo do pregão, correspondente a cerca de 5% do capital social total da companhia.

Para o pregão desta quarta-feira (17), o principal destaque da agenda econômica é a divulgação dos dados de inflação ao consumidor de novembro da Zona do Euro.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a terça-feira com abertura ao longo da curva, com cenário político em foco. No Brasil, a pesquisa Genial/Quaest intensificou as preocupações do mercado sobre a possibilidade de reeleição do presidente Lula em 2026, movimento que elevou a volatilidade e impulsionou as taxas. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,1 bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,73% (+9,5 bps); DI jan/29 em 13,16% (+17,3 bps); DI jan/31 em 13,44% (+17,6 bps). Nos Estados Unidos, o relatório de emprego (payroll) reforçou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderá dar continuidade à cortes na taxa de juros já na reunião de janeiro. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,4901% (-1,66 bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,1406% (-3,61 bps).

IFIX

O IFIX encerrou a terça-feira com leve alta de 0,03%, apesar da abertura da curva de juros, movimento que reflete a maior cautela dos investidores diante do cenário político. No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram valorização média de 0,11%, enquanto os fundos de papel permaneceram estáveis. Entre as maiores altas do pregão, destacaram-se HSML11 (+1,8%), VRTA11 (+1,5%) e ICRI11 (+1,0%). Já entre as principais quedas, figuraram BTAL11 (-1,8%), BLMG11 (-1,7%) e URPR11 (-1,1%).

Economia

Ontem, o Banco Central do Brasil divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). A autoridade enfatizou que as últimas leituras de inflação vieram melhores do que o esperado, mas que as expectativas continuam acima da meta em todos os horizontes. O Comitê destacou que o cenário prescreve uma política monetária significativamente contracionista por período bastante prolongado. Em nossa visão, trata-se de uma mensagem clara de que o Comitê necessita de mais tempo e mais informações antes de iniciar um ciclo de flexibilização monetária. Portanto, entendemos que a ata corrobora nosso cenário de que o Copom iniciará o ciclo de cortes de juros em março.

A Câmara dos Deputados aprovou, durante a madrugada, o Projeto de Lei Complementar 128/2025, que reduz em cerca de 10% os benefícios fiscais concedidos a empresas e setores – com exceção aos previstos na Constituição. O texto inclui ainda temas relacionados à chamada “pauta BBB” (Bancos, Bilionários e Bets), como a elevação da cobrança de Imposto de Renda sobre JCP, o aumento de CSLL sobre fintechs, e a tributação sobre bets. O projeto recebeu 310 votos favoráveis e 85 contrários, e agora será analisado pelo Senado (provavelmente na sessão de hoje). Segundo o governo, o corte de isenções fiscais e a elevação de impostos podem aumentar suas receitas anuais em R$ 22,45 bilhões. Este montante, em caso de aprovação final, constará no Orçamento de 2026, que deve ser votado amanhã.    

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)