DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil atenção para divulgação da Ata do Copom
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(Brasília-DF, 16/12/2025). A Politica Real teve acesso ao relatório “ Mooorning Call” da XP Investimentos apontando os mercados globais em queda e no Brasil atenção para divulgação da Ata do Copom.
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Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%), com investidores aguardando a divulgação do relatório de empregos de novembro. Na véspera, os principais índices foram pressionados por novas perdas em ações ligadas à inteligência artificial, refletindo a continuidade da rotação para setores mais defensivos, como saúde e utilities. O payroll desta terça será relevante para o mercado, com expectativa de criação de apenas 50 mil vagas e taxa de desemprego subindo para 4,5%.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,1%), revertendo os ganhos do início da semana. O setor de defesa lidera as perdas, em meio à continuidade das negociações para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia e declarações de autoridades indicando maior proximidade de um acordo. Investidores também se preparam para uma semana intensa de decisões de política monetária, com reuniões do BCE, Banco da Inglaterra, Riksbank e Norges Bank.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,5%), acompanhando o movimento negativo nos EUA e refletindo tanto a fraqueza das ações de tecnologia quanto dados mais suaves de atividade na região. Isso reforça o tom de cautela global no início da semana. No restante da Ásia, o Kospi liderou as perdas, caindo -2,2% e voltando abaixo dos 4.000 pontos, enquanto o Nikkei 225 recuou -1,6%.
IBOVESPA +1,07% | 162.482 Pontos. CÂMBIO +0,23% | 5,42/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (15) em alta de 1,1%, aos 162.482 pontos, na contramão dos mercados globais (S&P 500, -0,2%; Nasdaq, -0,5%). No cenário macroeconômico doméstico, o Boletim Focus trouxe novas revisões para baixo nas expectativas de inflação, enquanto o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) veio abaixo do esperado, reforçando a leitura de desaceleração da atividade econômica.
O principal destaque positivo de ontem foi Rede D’Or (RDOR3, +4,7%), após a companhia aprovar a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio que, somados, ultrapassam R$ 8 bilhões. Na ponta negativa, Assaí (ASAI3, -2,6%) recuou depois que a Justiça de São Paulo rejeitou integralmente os pedidos feitos pela companhia para obrigar o Pão de Açúcar (PCAR3) a apresentar garantias financeiras capazes de cobrir contingências tributárias anteriores à separação entre as duas empresas.
Para o pregão desta terça-feira (16), o destaque da agenda será a divulgação do relatório de empregos de novembro nos EUA. No âmbito doméstico, os investidores também acompanham a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a segunda-feira com leve fechamento ao longo da curva, em um pregão de menor liquidez devido à cautela diante da expectativa pela divulgação da ata do Copom. No Brasil, o IBC-Br veio abaixo do esperado, reforçando a percepção de que o Copom pode retomar os cortes de juros em breve. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (-0,2 bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,64% (-0,7 bps); DI jan/29 em 12,98% (-3,2 bps); DI jan/31 em 13,26% (-4,1 bps). Nos Estados Unidos, as Treasuries perderam fôlego em meio à expectativa por um payroll mais fraco e pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), além das discussões sobre a sucessão na presidência do Federal Reserve (Fed). Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5067% (-1,76 bps vs. pregão anterior); enquanto os de 10 anos em 4,1767% (-0,78 bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira em alta de 0,12%, impulsionado pelo desempenho dos fundos de papel (+0,15%) e de tijolo (+0,09%). A valorização foi favorecida pelo leve fechamento da curva de juros futura, reflexo de sinais de desaceleração da atividade econômica, com o IBC-Br registrando resultados abaixo do esperado e o Boletim Focus revisando para baixo as expectativas de inflação. Com esse movimento, o IFIX acumula alta de 0,82% no mês e 18,42% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se URPR11 (+3,5%), BPML11 (+1,9%) e PMIS11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram BROF11 (-1,5%), JSCR11 (-1,2%) e TVRI11 (-1,0%).
Economia
O IBC-Br – uma proxy mensal do PIB – recuou 0,2% em outubro na comparação com setembro. Na comparação com outubro de 2024, o IBC-Br avançou 0,4%, levando a 2,5% de crescimento acumulado em 12 meses. A atividade doméstica tem desacelerado ao longo do segundo semestre, em linha com a política monetária contracionista. Projetamos crescimento de 2,3% para o PIB de 2025.
Na agenda internacional, destaque para a divulgação da criação de empregos não agrícolas (Nonfarm Payroll) e taxa de desemprego nos Estados Unidos, indicadores acompanhados pelo Fed. Ainda nos EUA, temos as vendas no varejo.
No Brasil, o destaque fica para a ata do Copom, documento que traz informações sobre a última decisão do Copom (10/12).
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)