Assembleia do Rio de Janeiro decide pela revogação da prisão do deputado Rodrigo Bacellar acusado de dar apoio a ex-deputado ligado ao Comando Vermelho
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Com agências.
(Brasília-DF, 08/12/2025. Nesta segunda-feira, 08, deputados e deputadas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovaram o Projeto de Resolução 2.116/25, que revoga a detenção do presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União). Foram 42 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções.
Rodrigo Bacellar foi preso preventivamente na manhã de quarta-feira ,3, durante a Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal (PF), para investigar o vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que prendeu o deputado estadual TH Joias. TH Joias está preso, desde setembro, acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.
A ação ocorreu enquanto Bacellar prestava depoimento na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão final da Casa será promulgada, publicada em Diário Oficial do Legislativo e comunicada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá à corte suprema tomar as providências judicialmente cabíveis.
Durante a sessão, presidida pelo deputado Guilherme Delaroli (PL), 1º vice-presidente da Casa, foi acordado que seis parlamentares discutiriam o tema por 10 minutos: três falaram a favor da soltura, casos dos deputados de Alexandre Knoploch (PL), Índia Armelau (PL) e Renan Jordy (PL); e outros três pela manutenção da detenção, que foram Flávio Serafini (PSol), Carlos Minc (PSB) e Élika Takimoto (PT).
Deputado em debate
Garantia constitucional
As Constituições Federal e Estadual determinam, em seus Artigos 53 e 102, respectivamente, que cabe ao Parlamento decidir sobre prisões aplicadas a seus integrantes.
A Mesa Diretora da Alerj foi notificada oficialmente da prisão e, então, a Procuradoria da Casa instou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj a se manifestar.
CCJ
Pela manhã desta segunda-feira, a CCJ emitiu parecer favorável, por quatro votos a três, ao relatório do presidente do grupo, deputado Rodrigo Amorim. A conclusão do documento foi pela elaboração do Projeto de Resolução 2.116/25, aprovado, posteriormente, em plenário - o rito seguiu o Artigo 268 do Regimento Interno da Assembleia.
Amorim explicou que o parecer foi fruto de amplo debate com a Procuradoria da Alerj, sendo estritamente técnico. O parlamentar declarou o colegiado teve como objetivo central levar a decisão final ao plenário da Casa, que é soberano.
“Apresentei um parecer técnico, que respeita a Constituição Federal, a Constituição do Estado do Rio e o Regimento Interno da Assembleia Legislativa. A comissão é a guardiã do regimento e do rito nesta casa. Portanto, foi respeitado o que está descrito de forma objetiva nas normas em vigor”, atestou Amorim.
( da redação com assessoria e Ag. Brasil. Edição: Política Real)