INFLAÇÃO: IGP-Di de novembro avança “mínimo” 0,01% em novembro, informa FGV-IBRE
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(Brasília-DF, 05/12/2025) Na manhã desta sexta-feira, 05, a FGV-IBRE divulgou o seu IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) que sobe 0,01% em novembro.
No mês de outubro, a taxa caíra 0,03%. Com este resultado, o índice acumula queda de 1,30% no ano e de -0,44% em 12 meses. Em novembro de 2024, o IGP-DI havia registrado alta de 1,18% e acumulava alta de 6,62% em 12 meses.
“Apesar da estabilidade da taxa mensal, o IGP-DI passou a acumular queda de 0,44% em 12 meses. Ao longo do ano, esse movimento foi determinado sobretudo pela retração nos preços das matérias-primas brutas que compõem o IPA. Em novembro, porém, essa redução interanual foi parcialmente limitada pela aceleração dos preços ao consumidor, puxada pelo grupo Habitação — com destaque para aluguel residencial e tarifa de energia elétrica — e pelo grupo Recreação, influenciado pelo aumento nas passagens aéreas.", avaliou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cai 0,11% em novembro.
Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,11%, suavizando o movimento em relação ao mês de outubro, quando caíra 0,13%. Entre os estágios de processamento, o grupo de Bens Finais subiu 0,08%, ante 0,25% no mês anterior. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, apresentou movimento oposto, acelerando de 0,17% em outubro para 0,48% em novembro. Já o grupo de Bens Intermediários caiu 0,03% em novembro, após subir 0,16% no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,07%, após registrar alta de 0,18%, em outubro. Por fim, o estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou queda de 0,30% em novembro, porém em menor intensidade quando comparada a taxa de outubro, de -0,58%.
IPC sobe 0,28% em novembro
Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,28% apresentando aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,14%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, duas apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-0,43% para 2,15%) e Habitação (-0,23% para 0,30%). Em contrapartida, os grupos Transportes (0,33% para -0,03%), Vestuário (0,66% para -0,87%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,33%), Alimentação (0,08% para -0,03%), Despesas Diversas (0,50% para 0,22%) e Comunicação (0,14% para 0,11%) exibiram recuo em suas taxas de variação.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) sobe 0,27% em novembro
Em novembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,27%, abaixo da taxa de 0,30% registrada em outubro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentos distintos em suas respectivas taxas de variação na transição de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos desacelerou de 0,39% para 0,28%; Serviços inverteu o comportamento passando de -0,10% para 0,14%; e Mão de Obra avançou de 0,23% para 0,28%.
Núcleo de Inflação e Índice de Difusão do consumidor
O Núcleo do IPC subiu 0,31% em novembro, repetindo a taxa registrada em outubro. Dos 85 itens que compõem o índice, 46 foram desconsiderados no cálculo do núcleo: 33 apresentaram variações inferiores a 0,04%, limite inferior da banda de corte, e 13 registraram taxas acima de 0,53%, limite superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 52,26%, 4,51 pontos percentuais abaixo do resultado de outubro, quando foi de 56,77%.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)