31 de julho de 2025
CPMI DO INSS

Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS, celebra prisões, diz que os que se ficaram debaixo de habeas corpus vão ter que falar a verdade; ele diz que é hora da CPMI saber “quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam”

Carlos Viana agradeceu pelo trabalho conjunto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça

Por Politica Real com agências
Publicado em
Carlos Viana é presidente da CPMI do INSS Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Com agências

(Brasília-DF, 13/11/2025) Os senadores e deputados membros da CPMI do INSS comentaram a mais nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que resultou na prisão, nesta quinta-feira ,13, de vários investigados, entre eles o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, exonerado em abril após a primeira fase das investigações.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) celebrou e disse que a CPMI começa uma fase de investigação do chamado "primeiro escalão"

“Hoje a operação colocou na cadeia o núcleo principal de todos os desvios do INSS, da quadrilha que tomou de assalto as aposentadorias brasileiras. Aqueles que estiveram na CPMI debaixo de habeas corpus, que garantiram a eles silêncio em vários momentos, agora terão de revelar a verdade, ainda mais presos. Isso mostra claramente que nós estamos no caminho certo em dar uma resposta ao povo brasileiro”,  disse o senador em entrevista coletiva.

Segundo  informações da PF, estão entre os alvos Ahmed Mohamad Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro, e o deputado federal Euclydes Pertersen (Republicanos-MG), em meio a 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão. Entre os presos nesta quinta estão pelo três pessoas ligadas à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e uma ligada ao Instituto Terra e Trabalho (ITT). Novo mandado de prisão foi expedido contra Antônio Carlos Antunes Camilo, "Careca do INSS", que já se encontra preso.

Carlos Viana agradeceu pelo trabalho conjunto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça e disse que “não há na história uma CPI que tenha prendido mais pessoas, que esteja dando mais respostas".

"Escalões"

Viana  disse que existem três escalões no esquema de desvio dos benefícios dos aposentados e pensionistas. O terceiro escalão, segundo ele, são os operadores e laranjas que receberam e sumiram com o dinheiro.

“O segundo é formado por  servidores públicos concursados que se corromperam nesse sistema e que conseguiram passar de governo para governo mantendo os desvios. E um primeiro escalão, que ao nosso ver, foi pago pelo segundo escalão, e que é formado por políticos, pessoas que, de governo a governo, ajudaram ou incentivaram essas pessoas e servidores para continuarem na Previdência.”, disse.

Carlos Viana afirmou que o primeiro escalão, a partir de agora, também começa a ser alvo das operações e, possivelmente, dos depoimentos que serão prestados no STF. O presidente da CPMI disse que há nesse grupo parlamentares, que poderão ser ouvidos pelo colegiado.

“Nós vamos sair daqui com uma Previdência muito mais fortalecida e com os culpados presos. [...] O grosso dessa Operação [Sem Desconto], os principais, que são os operadores, que desviaram, isso se a população tenha tranquilidade, [já] estão na cadeia. Agora, queremos saber quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam para que esse esquema pudesse continuar funcionando e de que maneira políticos foram beneficiados nessa história.”, disse.

( da redação com informações de agências. Edição: Política Real)