31 de julho de 2025
BRASIL/ESTADOS UNIDOS

CNI busca protagonismo na nova fase de negociações do Brasil com os Estados que deverá ser retomada após a COP 30

Ricardo Alban foi recebido por Geraldo Alckmin

Por Politica Real com agências
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(Brasília-DF, 06/11/2025) Nessa considerada fase de negociações entre o Brasil e os Estados, que deverá ser retomada após a COP 30 – o presidente Lula anunciou que irá procurar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump  - a Confederação Nacional da Indústria (CNI) não esconde que deseja ser protagonista.

Nesta quinta-feira, 06, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, foi recebido pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para discutir estratégias e próximos passos da negociação comercial com os Estados Unidos.

Alban apresentou contribuições construídas com o apoio empresas de diversos setores, com dados atualizados e propostas para subsidiar o governo brasileiro nas tratativas com Washington. Entre elas, estão a suspensão temporária das tarifas adicionais impostas aos produtos brasileiros, a criação de um mecanismo institucional de diálogo comercial de alto nível, a eliminação da bitributação, além do estímulo a alianças tecnológicas e investimentos bilaterais em áreas estratégicas como energia, minerais críticos, saúde, infraestrutura digital e inovação.

“É muito importante a participação da iniciativa privada junto ao governo para resolver a questão tarifária com os Estados Unidos. Agradeço ao presidente Ricardo Alban e à CNI pela contribuição técnica e pelo trabalho profundo, que vai ajudar muito nesse diálogo. O presidente Lula solicitou ao presidente Trump que suspenda a tarifa adicional de 40% enquanto durarem as negociações, e estamos otimistas com os próximos passos”, afirmou Geraldo Alckmin.

Segundo o presidente da CNI, a remoção temporária das alíquotas seria um avanço concreto para os exportadores. “A suspensão das tarifas, enquanto se negocia uma solução definitiva, é um gesto de maturidade comercial — algo que os próprios Estados Unidos já fizeram com outros parceiros. Essa agenda é essencial para setores que não conseguem compensar facilmente a perda de competitividade externa, como máquinas, equipamentos, madeiras e produtos naturais como a cera de carnaúba”, afirmou Alban.

Alckmin destacou resultados recentes. “Nos últimos dois meses, já tivemos a retirada da tarifa sobre a celulose e o ferroníquel, que agora têm alíquota zero. Isso representa 4% das exportações brasileiras aos EUA. Também houve redução de tarifas sobre madeira e alguns tipos de móveis, o que nos devolve competitividade. O importante agora é avançar rápido, com diálogo e negociação, como tem orientado o presidente Lula”, afirmou.

O presidente da CNI também ressaltou a importância da atuação conjunta com o governo brasileiro e espera resultados em breve. “Acreditamos que, tão logo essa mesa de negociação se consolide, teremos boas notícias a anunciar, possivelmente ainda neste mês”, completou Alban.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)