Ministério Público pede que IML do Rio informe dados da perícia dos corpos após Operação Contenção; PGR pediu ontem ao STF que governo do Rio explique sobre a realização de operações policiais em comunidades do município
Veja mais
Publicado em
(Brasília-DF, 29/10/2025) Nesta quarta-feira, 29, o Ministério Público Federal pediu ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro acesso em até 48 horas a todos os dados da perícia dos corpos das vítimas da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro.
Na solicitação, o procurador regional dos direitos do cidadão adjunto, Julio José Araujo Junior, diz o prazo se justifica diante da urgência do tema e especifica que os laudos necroscópicos devem informar:
Descrição completa das lesões externas;
Descrição completa das lesões internas;
Identificação dos projéteis nos corpos e extração para encaminhamento pericial;
Exame radiográfico dos polibaleados;
Croqui com lesão dos corpos;
Fotografia de todas as lesões encontradas nos cadáveres;
Fotografia das características individualizantes;
Item de discussão contendo trajetória dos projetis e distância dos disparos.
Pelo menos 119 pessoas morreram na operação realizada na terça-feira (28/10) pelas Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
Desde a madrugada, moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o balanço apresentado já inclui esses corpos.
Ontem
Nessa terça-feira, 28, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) referente à operação policial realizada no Rio de Janeiro (RJ), Operação Contenção. A manifestação reforça o pedido de informações solicitadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ao governador do estado, Cláudio Castro.
O objetivo é verificar se foram cumpridas regras definidas pelo STF sobre a realização de operações policiais em comunidades do município. As diretrizes foram definidas no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como ADPF das Favelas, que discute a atuação das forças de segurança em áreas de alta vulnerabilidade.
( da redação com agências. Edição: Política Real)