Lula, em dois momentos na Indonésia, disse que os dois países podem usar moedas locais no comércio
Segundo Lula, esse movimento faz parte de uma “estratégia mais ampla do Brasil de diversificar parcerias e facilitar o comércio”
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(Brasília-DF, 23/10/2025). Nesta quinta-feira, 23, ainda madrugada no Brasil, em Jacarta, na Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falou, em dois momentos, defendeu a possibilidade de uso de moedas locais no comércio entre os dois países.
A primeira delas, durante declaração à imprensa. Hoje de manhã, Lula disse que tanto o Pix quanto o sistema similar indonésio têm condições de facilitar não só o comércio entre os dois países, mas, também, entre os países que integram o Brics - grupo formado por 11 países-membros e dez parceiros, entre eles o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul,
“No âmbito do Brics, o Pix brasileiro e o Qris indonésio oferecem modelos de sistemas de pagamentos eficazes e acessíveis, que podem inspirar medidas que facilitarão o comércio em moedas locais entre os países do bloco”, disse o presidente durante evento com empresários brasileiros e indonésios.
Segundo Lula, esse movimento faz parte de uma “estratégia mais ampla do Brasil de diversificar parcerias e facilitar o comércio”.
Liberdade para uso da própria moeda
Mais cedo, durante declaração conjunta de Lula e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, à imprensa, Lula já havia reiterado seu posicionamento favorável ao uso de moedas locais para o comércio entre os dois países.
“Nós queremos comércio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de a comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas”, disse, mais cedo, o presidente brasileiro – ao enfatizar que esse tipo de “liberdade de uso das próprias moedas” é algo que já deveria ter acontecido.
“O século XXI exige que tenhamos a coragem que não tivemos no século XX. Exige que a gente mude alguma forma de agir comercialmente para não ficarmos dependentes de ninguém”, acrescentou ao defender o multilateralismo, em vez do unilateralismo.
Posteriormente, no encontro com empresários, reiterou que, “como a Indonésia, o Brasil se opõe a medidas unilaterais e coercitivas que distorcem o comércio e limitam a integração econômica”.
Segundo ele, “ é o setor privado, com parcerias e projetos conjuntos, que transformará a afinidade diplomática em prosperidade compartilhada para os dois países”.
“Indonésia e Brasil seguirão parceiros na construção de um futuro compartilhado de cooperação, desenvolvimento e justiça social”, completou.
( da redação com informações de assessoria e Ag. Brasil. Edição: Política Real)