Donald Trump foi o primeiro a assinar o “acordo de paz” com líderes no Egito; antes em Israel, Trump disse que agora "será a era de ouro de Israel", bem como a "era de ouro" para toda a região
Trump convidou o presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, para o "conselho de paz — um organismo internacional que, segundo o plano americano para Gaza, administrará o território em caráter transitório
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(Brasília-DF, 13/10/2025) Nesta segunda-feira, 13, durante a cúpula de paz realizada na cidade egípcia de Sharm el Sheij, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, após sua passagem por Israel, junto com outros líderes mundiais assinaram o acordo sobre o fim das hostilidades na Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos foi o primeiro a assinar os documentos, seguido pelo seu homólogo egípcio, Abdulfatah al Sisi, pelo emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, e pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que participaram na mediação das negociações entre Hamas e Israel.
"Foram necessários 3.000 anos para chegar até aqui, dá para acreditar? E isso vai durar", afirmou Trump enquanto assinava o acordo. Nesse contexto, o líder norte-americano garantiu que "sempre se disse que a Terceira Guerra Mundial começaria no Oriente Médio, mas isso não vai acontecer".
Na cúpula de líderes em Sharm el-Sheikh, Trump convidou o presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, para o "conselho de paz — um organismo internacional que, segundo o plano americano para Gaza, administrará o território em caráter transitório.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, deve anunciar um pacote de ajuda humanitária no valor de 20 milhões de libras (R$ 147 milhões) para ajudar a fornecer serviços de água, saneamento e higiene a Gaza.
O financiamento faz parte de um compromisso mais amplo de ajuda no valor de 116 milhões de libras (R$ 856 milhões) em apoio ao povo palestino este ano.
Antes
O presidente americano Donald Trump chegou nesta segunda-feira ao Aeroporto Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv.
Várias figuras estavam presentes para recebê-lo, incluindo Netanyahu e sua esposa Sara, o enviado especial dos EUA Steve Witkoff, o assessor Jared Kushner e sua esposa Ivanka Trump — que é filha do presidente.
Em um discurso no parlamento israelense, em Jerusalém, Trump disse que "este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio".
Ele estendeu seus agradecimentos ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a quem chamou de "homem de coragem excepcional".
Alguns na multidão gritaram "Bibi" — o apelido do primeiro-ministro.
Trump também agradeceu às nações árabes que ajudaram nas negociações, dizendo que é um "triunfo incrível" que eles tenham trabalhado juntos.
Trump disse que agora "será a era de ouro de Israel", bem como a "era de ouro" para toda a região.
O discurso de Trump foi interrompido quando um deputado da oposição em Israel ergueu um pedaço de papel com os dizeres "Reconheça a Palestina".
O presidente do Parlamento, Amir Ohana, gritou para que se mantivesse a ordem em meio a fortes protestos contra o deputado, que foi rapidamente escoltado para fora da sala.
Trump retomou seu discurso dizendo que a ação contra o protesto foi "muito eficiente".
Quando questionado mais cedo se gostaria de visitar Gaza, ele respondeu à imprensa a bordo do Air Force One que ficaria "orgulhoso" de fazê-lo.
"Eu conheço muito bem sem ter visitado", diz ele. "Gostaria de fazer isso, gostaria de pelo menos colocar os pés lá."
( da redação com informações da BBC. Edição: Política Real)