DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil divulgações das vendas varejistas (PMC) e das receitas do setor de serviços (PMS) referentes a agosto
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(Brasília-DF, 13/10/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil divulgações das vendas varejistas (PMC) e das receitas do setor de serviços (PMS) referentes a agosto.
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Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +1,3%; Nasdaq 100: +1,8%), recuperando parte das perdas de sexta-feira, quando os índices sofreram forte queda após novas ameaças tarifárias contra a China. O movimento reflete o alívio dos investidores após o presidente Donald Trump afirmar no domingo que as relações comerciais “vão ficar bem” e que não pretende agravar o conflito. As declarações foram reforçadas pelo vice-presidente JD Vance, que sinalizou disposição para negociar com Pequim. O rali favorece especialmente o setor de tecnologia, o mais penalizado na última sessão, em meio à expectativa de que o impasse comercial não prejudique a cadeia de semicondutores. A temporada de resultados começa nesta semana com os grandes bancos, incluindo JPMorgan, Citigroup, Goldman Sachs e Bank of America.
Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,4%), com destaque para mineradoras (+1,6%), que se recuperam após fortes perdas na sexta-feira diante do risco de novas tarifas entre EUA e China. Na França, o presidente Emmanuel Macron confirmou Sébastien Lecornu como primeiro-ministro, apenas dias após sua renúncia, e o novo gabinete já foi formado, em uma medida que busca estabilizar o cenário político antes da apresentação do novo orçamento.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -1,5%), refletindo as tensões comerciais renovadas entre EUA e China, apesar de dados mostrarem que as exportações chinesas subiram 8,3% em setembro, no ritmo mais forte em seis meses. Já o mercado japonês permaneceu fechado por feriado nacional.
Economia
Donald Trump reacendeu temores de uma nova escalada na guerra comercial ao anunciar possíveis tarifas adicionais de 100% sobre bens chineses na sexta-feira. Contudo, o presidente adotou um tom mais conciliador no fim de semana. Na China, as exportações cresceram 8,3% em setembro ante o mesmo mês de 2024, acima da expectativa de 6,0%. Apesar do desempenho, a perspectiva de novas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses adiciona incerteza ao cenário.
Na agenda internacional desta semana, a paralisação do governo dos Estados Unidos mantém suspensa a publicação dos dados oficiais. Na China, o governo divulgará a inflação ao produtor de setembro, enquanto, na Europa, o destaque será a publicação da inflação ao consumidor.
IBOVESPA -0,73% | 140.680 Pontos. CÂMBIO +2,38% | 5,50/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 2,4% em reais e 5,1% em dólares, aos 140.680 pontos.
Entre os destaques positivos da semana, Weg (WEGE3, +1,2%) avançou após um relatório de um banco de investimentos apontar que a renovação antecipada da concessão da Light (LIGT3, -3,0%) poderia beneficiar a empresa ao impulsionar a demanda por suas soluções elétricas e industriais.
Na ponta negativa, MRV (MRVE3, -14,0%) liderou as quedas após: (i) sua prévia operacional vir abaixo das expectativas do mercado (veja o comentário completo do nosso time aqui); e (ii) a abertura da curva de juros.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento nos vértices curtos e abertura nos vértices longos da curva, refletindo a preocupação com o cenário fiscal brasileiro. As taxas de juro real mantiveram-se estáveis, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2032 terminando em 7,94% a.a. (vs. 7,93% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,8bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14% (- 10,5bps); DI jan/29 em 13,41% (- 1,5bp); DI jan/31 em 13,68% (+6bps); DI jan/35 em 13,82% (+15bps).
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,50% (-6,31bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,03% (-8,50bps). O dólar encerrou estável em R$/US$ 5,53. A moeda acumula queda de 12,30% no ano.
IFIX
A semana foi marcada por uma agenda doméstica intensa, que impactou diretamente o desempenho dos fundos imobiliários. O IFIX encerrou o período em queda de 0,21%, pressionado principalmente pelos fundos de papel, que recuaram 0,27%, enquanto os fundos de tijolos registraram baixa de 0,21%. Com isso, o índice acumula retração de 0,34% no início de outubro. O movimento foi influenciado por mais uma rodada de abertura da curva de juros futura, diante das incertezas fiscais que seguem no radar dos investidores. A semana também foi marcada pela não aprovação da MP 1.303 — fato avaliado por nós como levemente negativo para os fundos imobiliários, já que o texto final beneficiava. De qualquer forma, com o fim da validade da MP, o ambiente tributário e regulatório permanece inalterado para esses fundos, dissipando as incertezas sobre o tema.
No Brasil, o foco estará nas divulgações das vendas varejistas (PMC) e das receitas do setor de serviços (PMS) referentes a agosto. Além disso, o Banco Central divulgará o IBC-Br, índice mensal de atividade econômica, do mesmo período.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)