31 de julho de 2025
BANCADA DO NORTE

Sidney Leite questiona Ministério dos Transportes e não o IBAMA sobre demora na concessão de licenciamento que impede início das obras da BR-319

Para o coordenador da Bancada do Norte o argumento utilizado por muitos ambientalistas “de que BR contribui para o desmatamento” é falso; segundo ele, “o que contribui para o desmatamento, é manter do jeito que está”, disparou.

Por Por Humberto Azevedo
Publicado em
Sidney Leite no comanda da audiência pública sobre a BR-319 Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Por Humberto Azevedo

(Brasília-DF, 07/10/2025). O coordenador da Bancada do Norte, deputado Sidney Leite (PSD-AM), questionou nesta terça-feira, 7 de outubro, representantes do governo federal, sobretudo o Ministério dos Trannsportes, sobre a demora na concessão pelo órgão do licenciamento ambiental que impede início das obras da BR-319 - que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).  Normalmente, as críticas sobre licenciamento são mais dirigidas ao IBAMA

Para o coordenador da Bancada do Norte o argumento utilizado por muitos ambientalistas “de que BR contribui para o desmatamento” é falso; segundo ele, “o que contribui para o desmatamento, é manter do jeito que está”, disparou. A declaração aconteceu quando presidia uma sessão da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, que debatia os impactos orçamentários e financeiros com a demora das obras da BR-319.

Além da representante do Ministério dos Transportes, Camila Lourdes da Silva, estiveram no evento que foi em parte presencial e remoto, a representante do Ibama, Claudia Jeane da Silva Barros, Luiz Augusto Rocha, do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM); Ralph Assayag, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Manaus e o secretário de Meio Ambiente do estado do Amazonas, Eduardo Taveira.

“Então, veja bem o seguinte, eu fiz o levantamento, só uma empresa, ano passado, para fazer a manutenção da BR-309, estava solicitando 380 milhões de reais. Só uma empresa, eu não estou falando de outras, certo? Então, veja bem uma coisa, nós que somos da Amazônia sabemos disso, o aeroporto de Manaus é o terceiro maior aeroporto em movimento de carga. Sabe por quê? Por causa do isolamento”, comentou.

“Nós não temos avanço na regulamentação fundiária. Na Amazônia, nós não temos. Então, nós nunca vamos ter a BR e nenhuma outra BR. Infelizmente, porque se for esperar essas condicionantes, nós não vamos ter. Então, eu faço esse questionamento, e pergunto, nesse sentido, se o Ibama assessorou o Ministério do Meio Ambiente, no sentido de orientar o presidente da República a vetar esse artigo desse projeto de lei”, complementou o pessedista amazonense.

“Se não há pedido, junto ao IBAMA, do licenciamento do trecho do meio, o que falta para pedir? Cadê o resultado desse estudo? E vou aqui perguntar, apesar de que nesta reunião foi afirmado isso, quando nós discutimos a questão do licenciamento prévio, [onde] nós tratamos de algumas condicionantes. Uma delas foi internet 5G e vários trechos da estrada para que pudesse facilitar uma estrutura física para abrigar a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, o Ibama, o ICMBio, a Polícia do estado. E eu pergunto ainda porque foi nos afirmado que este recurso, juntamente com o orçamento, foi disponibilizado ao Ministério da Justiça?”, finalizou.

O deputado Pauderney Avelino(União-AM),  e as deputadas Silvia Cristina( Progressistas-RO) e Cristiane Lopes( União-RO)

( com edição de Genésio Araújo Jr)