As últimas do sempre trágico agosto!

(Brasília-DF) Começamos a última semana de agosto justo no dia do suicídio de Getúlio Vargas, 24 de agosto.  O ícone de nossa política republicana, tanto para o bem como para o mal!

Neste final de semana, só se falou que o grupo majoritário nacional, na política parlamentar, o “Centrão” onde passou a residir boa parte das decisões nacionais, teria decidido que o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, será candidato ao Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ficou muito claro, também, que este Centrão, qual esperava um posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro antes de tomar seus caminhos, já não mais tem isso em sua conta, pois o bolsonarismo sem Bolsonaro já é uma realidade.

Começou a contagem regressiva para o julgamento do Núcleo Crucial da Tentativa de Golpe de Estado, no STF, que começa no dia 2 e vai até o dia 11 de setembro. Até lá se saberá o tamanho da condenação que o ex-presidente deverá ter pois, dificilmente ele escapará de alguns dos crimes ao qual foi imputado.

Nesta semana se iniciará a CPMI do INSS, ou do roubo do INSS. A Oposição vai comandá-la, mesmo que não tenha voto para aprovar tudo o que pretende, vai conseguir impor danos políticos no Governo Lula 3, justo quando Lula melhora sua presença nas redes sociais e ganhava fôlego tanto político como pré-eleitoral face aos efeitos do tarifaço de Donald Trump. 

Agosto tem essa capacidade de mexer com a vida política nacional - é impressionante.

Neste agosto de 2025, vimos também uma clara discordância pública no Supremo Tribunal Federal, mas diferente do que se viu no embate caloroso, em plenário, entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso lá em 2017.

Nessa sexta-feira, 22, os ministros do STF, em evento da LIDE, grupo de empresários, no Rio de Janeiro fizeram alusões duras e políticas  um contra o outro, mas sem citar os nomes.  André Mendonça criticou o chamado ativismo judicial disse que o “o bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo.”

Por outro lado, Alexandre de Moraes, no mesmo evento, mas noutro momento, disse que “Impunidade, omissão e covardia nunca deram certo na história” e que juiz que não resiste à pressão deve mudar de profissão.

Os políticos e o Supremo Tribunal Federal sendo decisivos neste final de agosto.

O que chama atenção é que as duas maiores lideranças políticas do país, Lula e Bolsonaro, perdem controle sobre seus destinos políticos neste segundo semestre.

Enquanto Lula terá pela frente uma CPMI que, como se diz em Brasília, “se sabe como começa, mas não se sabe como termina”, Bolsonaro além de perder a capacidade de definir seu futuro ainda está caminhando para o cadafalso judicial.  Tudo se estabelecendo, como pacote preparado, no sempre trágico agosto.

Até que a gente tenta, mas agosto não nos deixa em paz! Ainda bem que está terminando!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista.

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