DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil, sem índices relevantes com atenção para medidas dos EUA na relação com autoridades brasileiras
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(Brasília-DF, 21/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando os mercados globais em recuou e no Brasil todas as atenções na relação entre o STF e as sanções individuais impostas pelos EUA às autoridades brasileiras.
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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,1%) após quatro pregões de queda. O mercado aguarda os resultados do Walmart, previstos para hoje, após a Target ter divulgado mais uma queda nas vendas e a saída do CEO Brian Cornell, o que levou as ações a forte baixa. Investidores também monitoram o simpósio de Jackson Hole, onde Jerome Powell deve falar amanhã sobre o rumo dos juros, em meio a apostas de corte já em setembro.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,3%), acompanhando resultados corporativos negativos. A WH Smith desabou 39,9% após revisar projeções e identificar um erro de EUR 30 milhões no balanço da unidade da América do Norte. CTS Eventim caiu 17,4% ao reportar queda de 8,9% no EBITDA ajustado no 2T25, com queda de quase 40% no segmento de entretenimento ao vivo. Em contrapartida, Aegon subiu 6,2% após divulgar lucro líquido de EUR 606 milhões no 1S25, revertendo prejuízo do ano anterior.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,4%; HSI: -0,2%). O destaque foi Baidu, que caiu até 5% após reportar receita trimestral de CNY 32,7 bilhões (-3,7% A/A), abaixo das expectativas do mercado.
Nos Estados Unidos, apesar de uma ata mais conservadora do FOMC – o comitê de política monetária do país – em relação à inflação, o destaque ficou para a pressão do presidente Donald Trump pela renúncia de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve, o que intensificou as apostas em cortes de juros no país. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,74% (-0,91bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,29% (-1,00bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (- 0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,04% (- 7,6bps); DI jan/29 em 13,34% (- 10,4bps); DI jan/31 em 13,65% (- 5,5bps).
IBOVESPA +0,2% | 134.666 Pontos. CÂMBIO -0,5% | 5,47/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em leve alta de 0,2%, aos 134.666 pontos, em um dia de agenda esvaziada, recuperando parte das perdas significativas registradas na sessão anterior.
O principal destaque positivo foi Pão de Açúcar (PCAR3, +8,6%), após a companhia reforçar que as renúncias recentes de membros do comitê financeiro e do comitê de auditoria estatutário não afetam o funcionamento dos colegiados. Na ponta negativa, Marfrig (MRFG3, -3,2%) recuou após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspender o julgamento do processo de fusão da companhia com a BRF, em função de pedido de vistas.
Para o pregão de quinta-feira, as atenções se voltam para o simpósio de Jackson Hole, nos EUA, que deve trazer maior clareza sobre os próximos passos do Fed em relação à política monetária. Enquanto isso, pela temporada internacional de resultados do 2T25, teremos Walmart.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com forte fechamento da curva. No Brasil, sem grandes novidades em relação ao impasse institucional entre Brasil e EUA, os prêmios de risco passaram por uma correção após o estresse da véspera, com alívio parcial nas taxas. O movimento também acompanhou a queda vista nas Treasuries, e mitigou efeitos de maior volatilidade após os resultados da pesquisa eleitoral Genial/Quaest, que indicaram aumento da aprovação e queda da desaprovação do governo atual (PT).
Nos Estados Unidos, apesar de uma ata mais conservadora do FOMC – o comitê de política monetária do país – em relação à inflação, o destaque ficou para a pressão do presidente Donald Trump pela renúncia de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve, o que intensificou as apostas em cortes de juros no país. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,74% (-0,91bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,29% (-1,00bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (- 0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,04% (- 7,6bps); DI jan/29 em 13,34% (- 10,4bps); DI jan/31 em 13,65% (- 5,5bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,18%, pressionado principalmente pelo desempenho negativo dos fundos de papel, que recuaram, em média, 0,38%. Os FIIs de tijolo também apresentaram queda na sessão, embora em menor magnitude, com recuo médio de 0,11%.Entre as maiores altas do dia, destacaram-se XPCI11 (1,6%), TGAR11 (1,5%) e PVBI11 (1,5%). Já entre as principais quedas, figuraram GZIT11 (-3,0%), PORD11 (-2,8%) e RBFF11 (-2,6%).
Economia
A ata da última reunião de política monetária do Fed (banco central dos EUA) trouxe mais clareza sobre os argumentos por trás da votação dividida (2 dos 11 diretores votaram por um corte de 0,25 p.p.) – a primeira vez que mais de um diretor foi contra a maioria em mais de 30 anos.
Hoje, agenda de indicadores econômicos relativamente tranquila. Nos Estados Unidos, o destaque fica para o simpósio de Jackson Hole – encontro anual organizado pelo Fed do Kansas que reúne líderes econômicos globais para discutir temas importantes de política monetária. O evento terá duração de três dias. O discurso mais aguardado é o de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, na sexta-feira de manhã. No Japão, teremos a divulgação dos dados de inflação ao consumidor, que deve se manter em 3,3%.
No Brasil, o mercado segue focado na relação entre o STF e as sanções individuais impostas pelos EUA às autoridades brasileiras.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)