31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais na estabilidade, no Brasil sem grandes índices mas todo mundo ligado sobre o que se dá na China, hoje

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Por Política Real com agências
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Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 19/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados estão estáveis e no Brasil, sem grandes índices, mas todo mundo ligado na China.

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Mercados globais

Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: estável; Nasdaq 100: estável) após uma abertura tranquila de semana marcada por expectativas em torno dos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) no simpósio de Jackson Hole. Investidores aguardam a fala de Jerome Powell, em meio a apostas de 83% de que o Fed cortará juros em 25 pontos-base na reunião de setembro, segundo o CME FedWatch. A temporada de resultados segue no radar, com Home Depot divulgando resultados hoje e Lowe’s, Walmart e Target previstos para os próximos dias.

Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,6%) refletindo positivamente o encontro de ontem em Washington entre Donald Trump, Volodymyr Zelenskyy e líderes europeus. O foco foi nas sinalizações de garantias de segurança à Ucrânia, a serem formalizadas em até 10 dias, fazendo com que as ações de defesa recuassem fortemente.

Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,4%; HSI: -0,2%) acompanhando a fraqueza nos EUA e em meio às expectativas para Jackson Hole. No restante da Ásia, o Nikkei recuou -0,4% após renovar recorde ontem, enquanto a Índia destoou com alta de cerca de +0,5%.

IBOVESPA +0,72% | 137.322 Pontos.    CÂMBIO +0,68% | 5,43/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (18) em alta de 0,7%, aos 137.322 pontos, em um dia de desempenho negativo para outros ativos locais — com a curva de juros abrindo e o dólar avançando 0,7%. Nesta semana, os investidores seguem monitorando o cenário internacional à espera do simpósio de Jackson Hole, que começa na quinta-feira e deve trazer sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.

O destaque positivo do dia foi Raízen (RAIZ4, +10,6%), após notícias de que a Petrobras (PETR4, +0,6%) estuda realizar investimentos na companhia. A Raízen estava apresentando uma forte queda acumulada nos últimos dias após a divulgação de fracos resultados referentes ao 2T25 (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Já o destaque negativo foi Prio (PRIO3, -3,1%), após a companhia anunciar que a ANP decidiu interditar a plataforma de peregrino, sugerindo “pontos de melhoria”.

Para o pregão desta terça-feira (19), a agenda econômica será mais esvaziada, com destaque para a decisão de taxa primário de empréstimos na China.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura nos vértices longos da curva. No Brasil, o movimento foi influenciado pela decisão do ministro do STF, Flávio Dino, de que leis e ordens judiciais estrangeiras não têm validade automática no país. O mercado interpretou que isso pode suspender os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada por autoridades dos EUA contra figuras brasileiras, elevando o risco institucional. Nos EUA, os títulos soberanos foram impulsionados pela expectativa do mercado pela reunião entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky, com presença de líderes europeus e da Otan, elevando o risco geopolítico e pressionando os ativos. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,76% (+3,15bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,34% (+5,02bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (-0,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,98% (+6,7bps); DI jan/29 em 13,24% (+12,8bps); DI jan/31 em 13,53% (+15,6bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana com alta de 0,10%, impulsionado principalmente pelo desempenho dos fundos de tijolo, que avançaram, em média, 0,18%, mesmo diante da forte abertura dos vértices longos da curva de juros. Os FIIs de papel também registraram valorização, com ganho médio de 0,09% na sessão.

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se DEVA11 (2,9%), CACR11 (1,7%) e TRBL11 (1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram SNCI11 (-1,7%), BBIG11 (-1,0%) e VRTM11 (-1,0%).

Economia

Conforme divulgado ontem no Boletim Focus do Banco Central, a mediana das projeções para o IPCA de 2025 recuou de 5,05% para 4,95%, marcando a 12ª semana consecutiva de queda. Para o IPCA de 2026, a mediana declinou pela quinta semana seguida, embora sutilmente (de 4,41% para 4,40%).

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – proxy mensal para o PIB do Brasil – recuou 0,1% em junho comparado a maio, praticamente em linha com as estimativas (XP: 0,1%; Mercado: 0,0%). Com isso, o indicador avançou 0,3% no 2º trimestre, após o expressivo crescimento de 1,4% no 1º trimestre deste ano. A maioria dos setores desacelerou no período recente.

Hoje, o banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciará sua decisão sobre as taxas de juros de 1 e 5 anos. O mercado prevê estabilidade em 3% e 3,50%, respectivamente. Além disso, dados sobre o setor imobiliário serão divulgados nos Estados Unidos, como as concessões de alvarás e novas construções residenciais em julho. 

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real.)