Benjamin Netanyahu diz que quer ter o controle de Gaza, mas não quer anexar o território a Israel; ONU fala em "consequências catastróficas" para a população de Gaza.
O presidente israelense reiterou que os principais objetivos de sua ofensiva em Gaza continuam sendo "a destruição completa do Hamas e a devolução de todos os reféns".
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Com agências.
(Brasília-DF, 07/08/2025). Nesta quinta-feira, 7, numa entrevista à Fox News, nos Estados Unidos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que seu país pretende assumir o controle total da Faixa de Gaza , mas não deseja governar o território nem mantê-lo.
"Temos a intenção", respondeu Netanyahu a uma pergunta da Fox News sobre a possibilidade de assumir o controle de "toda Gaza". O primeiro-ministro israelense deve solicitar aprovação na reunião de gabinete para expandir as operações militares, inclusive em áreas densamente povoadas onde se acredita que reféns estejam presos, segundo a mídia israelense.
Perguntado se tal controle seria semelhante ao que Israel tinha "20 anos atrás", Netanyahu respondeu: "Bem, não queremos mantê-lo. Queremos ter um perímetro de segurança. Não queremos governá-lo." O primeiro-ministro acrescentou que o objetivo é "entregá-lo às forças árabes que o governarão adequadamente, sem nos ameaçar e oferecendo aos moradores de Gaza uma vida boa. Isso não é possível com o Hamas."
"Consequências catastróficas"
Netanyahu, antes, havia dito, em uma coletiva de imprensa improvisada após uma reunião com o embaixador da Índia em Israel, JP Singh, que o plano de seu país não é "anexar a Faixa de Gaza", mas que uma agência governamental, sobre a qual ele não ofereceu mais detalhes, ficará encarregada de controlar temporariamente o enclave palestino.
O presidente israelense reiterou que os principais objetivos de sua ofensiva em Gaza continuam sendo "a destruição completa do Hamas e a devolução de todos os reféns". As milícias palestinas, consideradas terroristas pela União Europeia e pelos Estados Unidos, ainda mantêm 50 reféns, dos quais apenas cerca de 20 ainda estão vivos, segundo Israel.
Segundo relatos da mídia, o plano de Israel incluiria o deslocamento de um milhão de pessoas da Cidade de Gaza para Mawasi, além de assumir o controle dos campos de refugiados. A ONU alertou na quarta-feira que, se Israel implementar esse plano, haverá "consequências catastróficas" para a população de Gaza.
( da redação com informações e textos da EFE, DW. Edição: Política Real)