31 de julho de 2025
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VP da Câmara Altineu Cortêz, rompe acordo, diz que vai pauta anistia se Hugo Motta caso assuma o comando da Casa

A fala de Altineu, que menciona o uso da "presidência plena", rompe um acordo interno: ele havia se comprometido a não pautar propostas sem a anuência de Motta

Por Política Real com agências
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Deputado Altineo Cortez, VP da Câmara dos Deputados Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

(Brasília-DF, 05/08/2025) Nesta terça-feira, 05, em dia que a Oposição fez ocupação dos plenários da Câmara e do Senado para impor uma obstrução em represália a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que pretende colocar em votação a proposta de anistia a Jair Bolsonaro, caso assuma o comando da Casa, o que pode ocorrer se o atual presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), sair do país.

A Oposição está defendendo uma “Pacote da Pacificação” que envolve além do PL da anistia, a votação do fim do foro privilegiado e a pauta de um pedido de Impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

A fala de Altineu, que menciona o uso da "presidência plena", rompe um acordo interno: ele havia se comprometido a não pautar propostas sem a anuência de Motta.

A medida da anistia é vista por deputados e senadores bolsonaristas como uma forma de livrar o ex-presidente e seus aliados da prisão em uma possível condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Protocolado em maio deste ano, o novo projeto de lei tenta anistiar as pessoas que participaram diretamente das manifestações do 8 de Janeiro, livrando-as das acusações dos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo o entendimento dos parlamentares, isso se estenderia às acusações contra Bolsonaro.

O Partido Liberal (PL) busca também o apoio de outros partidos. Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, conseguiu o apoio do senador Ciro Nogueira (PP), presidente do Progressistas. Além disso, União Brasil e Republicanos também discutem a adesão.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)