31 de julho de 2025
POLÍTICA

Edinho Silva, novo presidente do PT, diz que “nós estamos enfrentando o maior líder fascista do século 21, que é Donald Trump”, defende reconexão do PT com jovens; ele defende recursos da margem equatorial no meio ambiente da Amazônia

O novo presidente do PT defendeu o transporte gratuito como política de inclusão: “tarifa zero tem que ser bandeira prioritária de um partido que queira dialogar com a classe trabalhadora”

Por Política Real com assessoria
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Edinho Silva fala ao final do 17º Encontro Nacional do PT Foto: Anderson Barbosa

(Brasília-DF, 03/08/2025) Neste domingo, 03, foi realizado o ato final do 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado no centro Brasil 21, em Brasília(DF).  O evento contou com a presença de toda a cúpula do PT que estão no Governo Lula assim como com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foi o principal cabo eleitoral da eleição de Edinho Silva, novo presidente nacional do partido.

Foi um dia de muitos discursos fortes.  Nesta segunda-feira, 4, o ex-prefeito de Araraquara assume oficialmente o cargo com a missão de fortalecer e reorganizar a base do partido com o novo momento nacional, organizar a reeleição do presidente Lula na gestão da relação com os partidos sejam do campo da esquerda como os partidos de centro.

Edinho iniciou sua fala com firme posicionamento político: “nós estamos enfrentando o maior líder fascista do século 21, que é Donald Trump”. Reafirmou que reeleger Lula em 2026 é também “mais um passo que nós vamos dar para derrotarmos as forças do fascismo no nosso país”. Para ele, não há neutralidade possível nesse momento.

Partido.

Edinho destacou que “mandato não pode substituir instância partidária”. Defendeu a reorganização de núcleos de base como espaços de decisão e retomada da “disputa de consciência de classe”, pautada por educação popular. Chamou atenção para o afastamento da juventude e da nova classe trabalhadora, lembrando que o partido existe para ser instrumento dessa classe.

A organização popular deve também passar por práticas concretas. Edinho defendeu que a economia solidária se torne “o eixo central da organização do partido”. Chamou os sindicatos a criarem secretarias específicas e propôs que o cooperativismo organize os excluídos. E reforçou o pedido para que todas as administrações do PT adotem o orçamento participativo, um importante “instrumento de democracia direta”.

O novo presidente do PT ressaltou os avanços do governo Lula na reconstrução do país, mas defendeu que o partido “tenha a sua agenda”. Entre os eixos programáticos propostos estão: transição energética, reindustrialização com investimentos em ciência e tecnologia, e segurança pública baseada em direitos. A defesa da educação e da primeira infância também foi feita com ênfase: “O Brasil não será um país justo enquanto a educação integral não for universalizada”.

Amazônia, SUS e terras raras

Edinho propôs a criação de um fundo com as riquezas da costa equatorial para o reflorestamento da Amazônia e fortalecimento do combate ao desmatamento. “Nós não queremos desmatamento, nós não queremos peça ilegal, nós não queremos caça ilegal, mas nós temos que ter um programa para o povo da Amazônia legal”.

A defesa de uma saúde pública plena e universal passou pelo alerta à necessidade de aprimorar os mecanismos de financiamento do SUS. E conectando soberania e futuro, tratou da exploração das terras raras, que “pertencem ao povo brasileiro”. Também retomou a proposta da jornada de trabalho: “o debate do 6×1 é o debate do quanto o trabalhador vai ter de direito ao lazer, ao estudo e às relações familiares”.

Zé Dirceu no encontro do PT, foi aplaudido pela militância e cúpula do PT, inclusice Lula

Tarifa zero, reconexão e unidade partidária

O novo presidente do PT defendeu o transporte gratuito como política de inclusão: “tarifa zero tem que ser bandeira prioritária de um partido que queira dialogar com a classe trabalhadora”. Denunciou o esvaziamento do presidencialismo, agravado por um Congresso que “executa 52 bilhões de reais” e defendeu a reforma política: “é mais fácil debater um projeto de país com quatro, com cinco, com seis partidos do que permitir que uma agenda nacional seja sucumbida diante do varejo”.

Também fez um chamado à reconexão com os movimentos sociais, reforçando que o partido precisa estar ao lado de quem luta nos territórios, no campo, nas periferias, nas universidades e nos locais de trabalho.

Edinho Silva, ao encerrar sua la, fez um chamado à militância. “Quero ser o presidente do maior partido de esquerda da América Latina. Mas quero, acima de tudo, ser presidente de um partido vivo, atuante e comprometido com o povo”.

Com uma proposta de mobilização coletiva e foco na construção de um projeto de país, Edinho inicia seu mandato com o compromisso de fortalecer a presença do PT na sociedade, ampliar o diálogo com as lutas populares e manter forte a luta por um Brasil mais justo, democrático e solidário.

( da redação com informações e textos de assessoria e site do PT. Edição: Política Real)