Contagem regressiva do quanto pior melhor!

(Brasília-DF) Está faltando cinco dias, como disse a revista conservadora “The Economist” para o a maior intervenção feita pelos Estados Unidos num país Latino Americano, que, por acaso, é uma das chamadas economias do G-20, coisa que não exista com a queda do Muro de Berlim.

“Raramente, desde o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos interferiram tão profundamente em um país latino-americano”, disse a revista em artigo. Antes dela, jornais controlados por conservadores, como o "The Washington Post”, que já foi jornal de vanguarda, e o “The Finantial Times”, hoje, controlado por empresa japonesa alinhada com o conservadorismo, já estavam reconhecendo que era mais que um equívoco as medidas de Trump contra o Brasil.

As medidas de Trump com o tarifaço e as investigações abertas contra o Brasil no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, que estão sendo conduzidas pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) ,tendem a unir empresários, sociedade, povo, militares contra os Estados Unidos e os que o apoiarem.  Essa onda de  “defesa da soberania” que o povão não entende vai a cafda momento se associar com patriotismo, nacionalismo e ondas nacionais do passado que mercaram o Brasil.  Só uma besta não vê!

Problema:  o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesse final de semana no evento Expert 25, da XP Investimentos que só o estado que comanda poderá ter uma retração de 2,7% em seu PIB, que 120 mil empregos podem ser impactados com uma redução de R$ 7 bilhões na massa salarial.

Problema: A Goldman Sachs estima que o PIB do Brasil deve perder 0,4 %, deixando, na prática, a economia perto 2% em seu crescimento de 2025. Não será o fim do mundo.

Problema: Os estados governados por simpáticos do bolsonarismo serão os mais impactados.

São ingredientes do quando pior melhor que o bolsonarismo entrega ao PT, que, quase sempre, apostou no quanto pior melhor, também. Eles se deram mal no caso do Plano Real, mas ganharam em quase todas as apostas que se meteram com a tese do quanto pior melhor.

O Governo e Lula, especialmente, estão avançando nessa tese para argumentar, tudo indica, que o país poderia estar melhor em 2026 se não fosse a ação dos bolsonaristas!

Nesse final de semana, Eduardo Bolsonaro, criticou o governador Ratinho Junior, do Paraná, que disse que relação Brasil-Estados Unidos é maior que o possível afeto que Donald Trump tem por Jair Bolsonaro. Nada é mais importante para o bolsonarismo que Jair Bolsonaro.

Tudo indica que o tarifaço, claro, vai entrar em pleno vigor, e o mês de agosto vai manter sua tradição nacional de ser o mês do desgosto.  Foi em 31 de agosto de 2016 que Dilma Rousseff foi impichada e deu tração para a institucionalização do bolsonarismo.

Ainda não se sabe se a cultura do quanto pior melhor vai dar de frutos para um lado ou o outro, mas uma coisa é certa, só nós vamos sofrer com essas apostas!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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