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DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem grandes índices, com todo mundo de olho na Europa e Estados Unidos

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Por Política Real com assessoria
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 24/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil sem grandes destaques de índices, mas todo mundo ligado com o que vem de fora.

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Nesta quinta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,5%), após o presidente Donald Trump anunciar que visitará o Federal Reserve hoje, sendo a primeira visita de um presidente americano ao banco central em quase duas décadas. A notícia intensifica a pressão da Casa Branca sobre Jerome Powell, que já vinha sendo criticado por Trump em discursos e redes sociais.

Na véspera, o S&P 500 fechou em alta de 0,78%, renovando sua 12ª máxima histórica do ano, impulsionado por expectativas de avanço comercial com Japão e União Europeia. A Alphabet sobe 2% após divulgar resultados acima do esperado, enquanto a Tesla caiu 4% com nova queda nas receitas de automóveis.

Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), com otimismo em relação a um possível acordo comercial EUA-UE, nos moldes do pacto firmado com o Japão.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,7%; HSI: +0,5%). O governo chinês anunciou que concederá cupons mensais a idosos para serviços de cuidado, como forma de aliviar o custo do envelhecimento da população e impulsionar o consumo, sendo uma das raras iniciativas de estímulo fiscal direto no país.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, as taxas reagiram ao anúncio do presidente Donald Trump sobre um acordo comercial com o Japão, que reduziu as tarifas de importação para 15%. O apetite por risco aumentou com a expectativa de um entendimento semelhante com a União Europeia, envolvendo cortes tarifários e isenções para alguns setores, o que pressionou os rendimentos dos títulos soberanos por lá. No Brasil, o noticiário mais esvaziado manteve os investidores focados na decisão do Copom da próxima semana, com impacto limitado sobre os mercados locais no dia. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,88% (+3,94bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,39% (+4,03bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,23% (- 2,4bps); DI jan/29 em 13,49% (- 0,1bp); DI jan/31 em 13,73% (+1,7bps).

Economia

O governo dos Estados Unidos pode anunciar em breve um acordo comercial estabelecendo tarifas de 15% sobre as importações de produtos da União Europeia. Autoridades do bloco teriam concordado com as chamadas tarifas recíprocas para evitar a ameaça de Donald Trump de aumentá-las para 30% a partir de 1º de agosto. Ambos os lados devem eliminar tarifas sobre alguns bens, incluindo aeronaves, bebidas alcoólicas e itens médicos. Além disso, o presidente dos Estados Unidos afirmou ontem que o país está próximo de concluir um acordo com a China.  

Hoje, destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O mercado espera manutenção das taxas de juros de referência, após oito cortes de 0,25 p.p.. A presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou recentemente que “o ciclo da política monetária está chegando ao fim”. A inflação ao redor da meta de 2% e os sinais de estabilização da atividade econômica reforçam a postura do BCE de “esperar para ver”. Os preços de mercado apontam para mais uma redução de juros de 0,25 p.p. este ano, provavelmente na reunião de setembro. 

IBOVESPA +0,99% | 135.368 Pontos.   CÂMBIO -0,81% | 5,52/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou ontem em alta de 1,0%, aos 135.368 pontos, registrando seu segundo melhor desempenho do mês. Em um dia de agenda econômica doméstica mais esvaziada, o foco dos mercados se voltou ao cenário internacional, após os EUA anunciarem um acordo tarifário de 15% com o Japão e notícias afirmarem que a União Europeia também estaria próxima de firmar um acordo tarifário de 15%.

A Natura (NATU3, +4,3%) se recuperou da queda de 2,8% do pregão anterior, enquanto investidores aguardam pela divulgação dos resultados do 2T25 da companhia (veja aqui a prévia dos nossos analistas). Na ponta negativa, WEG (WEGE3, -8,0%) recuou após apresentar resultados abaixo do esperado para o 2T25 (veja aqui nosso comentário).

Nesta quinta-feira, os destaques da agenda econômica serão os PMIs de serviços e manufatura de julho na Zona do Euro e nos EUA.

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrou sua sétima queda consecutiva nesta quarta-feira, ao recuar 0,24%. Com isso, o índice acumula desvalorização de 1,47% no mês de julho. Tanto os FIIs de papel quanto os de tijolo apresentaram desempenho negativo na sessão, com quedas médias de 0,10% e 0,23%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se PATL11 (1,8%), ARRI11 (1,5%) e RBFF11 (1,1%). Já as principais quedas foram de BLMG11 (-3,8%), URPR11 (-2,0%) e RVBI11 (-1,7%).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)