DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil o destaque da semana será a prévia da inflação com o IPCA-15
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(Brasília-DF, 21/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leva alta e no Brasil atenção para o destaque na semana que será a divulgação da prévia da inflação, o IPCA-15 de julho.
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Nesta segunda-feira, os futuros dos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), com investidores acompanhando os desdobramentos da guerra comercial e aguardando resultados trimestrais importantes na semana, como de big techs. O governo americano reforçou que o dia 1º de agosto será o “prazo final” para a imposição de tarifas a parceiros comerciais, embora siga aberto a negociações. Alphabet e Tesla lideram as expectativas da semana, em meio à perspectiva de que as “Magnificent Seven” puxem o crescimento de lucros no 2º trimestre. Até agora, 86% das 59 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados superaram as estimativas.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,1%), com perdas no setor automotivo após a Stellantis projetar prejuízo líquido de 2,3 bi de euros no 1º semestre devido às tarifas dos EUA. Por outro lado, a Ryanair avança 6% após divulgar lucro acima do esperado, com bom desempenho nas tarifas.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,7%; HSI: +0,7%), com destaque para ações de infraestrutura e cimento após o anúncio de um megaprojeto hidrelétrico no Tibete, liderado pelo novo grupo estatal China Yajiang. Papéis como Anhui Conch Cement e China National Building Material dispararam mais de 8%.
Na agenda internacional desta semana, destaque para as decisões de juros na Zona do Euro. Além disso, as leituras preliminares dos PMIs das principais economias serão publicadas – PMIs são sondagens com empresas que visam medir o clima da atividade econômica.
IBOVESPA -1,61% | 133.382 Pontos. CÂMBIO + 0,69% | 5,58/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 2,1% em reais e 2,2% em dólares, aos 133.382 pontos.
O destaque positivo da semana foi Pão de Açúcar (PCAR3, +12,8%), após o anúncio de que cinco membros da família Coelho Diniz aumentaram sua participação na companhia.
Por outro lado, Embraer (EMBR3, -8,1%) recuou, em meio à continuidade das incertezas em torno das tarifas dos EUA ao Brasil. Segundo o nosso relatório Os impactos das tarifas dos EUA sobre o Brasil, a Embraer é a empresa listada com a maior exposição de receitas para os EUA (veja mais detalhes sobre o impacto para a Embraer aqui).
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com abertura na curva, com o mercado preocupado com um possível agravamento nas relações comerciais entre Brasil e EUA. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –131,00bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -107,50 bps nesta semana. As taxas de juro real tiveram fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,81% a.a. (vs. 7,84% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,97% (+2,5bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,37% (+3,5bps); DI jan/29 em 13,66% (+17,5bps); DI jan/31 em 13,85% (+23bps); DI jan/35 em 13,89% (+26bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em queda de 0,29%, acumulando uma desvalorização de 0,52% na semana. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,23% e 0,17%, respectivamente. As maiores altas do dia foram: BLMG11 (1,8%), HGPO11 (1,4%) e BROF11 (1,3%). Já as principais quedas ficaram por conta de IRDM11 (-3,5%), BTAL11 (-2,2%) e CCME11 (-2,1%).
Economia
As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia permanecem indefinidas. Enquanto o bloco europeu tenta manter a tarifa básica em 10%, autoridades norte-americanas sinalizaram que Trump deve exigir concessões adicionais, com tarifas a partir de 15%. Na China, o banco central manteve a taxa primária de empréstimo em níveis historicamente baixos, conforme amplamente antecipado. A expectativa é de que a política monetária permaneça expansionista diante do fraco desempenho econômico.
No Brasil, segundo o jornal Folha de São Paulo, autoridades do Departamento de Estado dos Estados Unidos teriam comunicado que a revogação de vistos de entrada para alguns ministros do Supremo Tribunal Federal seria apenas a primeira de uma série de sanções previstas para os próximos dias. De acordo com relatos, “o Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21”. Dentre as possíveis medidas, estariam (i) o aumento de tarifas de importação de 50% para 100%, (ii) sanções conjuntas com a Otan, (iii) restrições ao uso de satélites e GPS, além da (iv) possível aplicação da Lei Magnitsky.
No Brasil, o protagonismo ficará para a divulgação do IPCA-15 de julho. Na seara fiscal, serão publicados os dados de arrecadação federal e de resultado primário do governo central de junho, mas sem data definida. Por fim, as estatísticas do setor externo do último mês também serão divulgadas.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)