Israel, após repercussão internacional da fome como arma de guerra em Gaza, anuncia “pausa tática” para circulação de comida
O exército israelense emitiu um comunicado anunciando os horários e as áreas onde alimentos e outros suprimentos serão distribuídos, bem como os horários em que os food trucks poderão circular
Publicado em
Com agências.
(Brasília-DF, 27/07/2025). Neste domingo, 27, face a crise internacional que chama atenção do Mundo com o aumento alarmante de mortes por desnutrição na Faixa de Gaza , o exército israelense anunciou uma "pausa tática" diária de dez horas em sua atividade militar em três áreas do enclave para permitir a distribuição de ajuda humanitária "todos os dias até novo aviso".
"De acordo com as diretrizes da liderança política e como parte do esforço contínuo das Forças de Defesa de Israel , lideradas pelo COGAT (a entidade israelense responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinos ocupados), para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, uma pausa tática local na atividade militar para fins humanitários será implementada das 10h às 20h, a partir de hoje (domingo)", disse o Exército em um comunicado.
Pontos de entrega
Os militares acrescentaram que "rotas seguras" serão estabelecidas entre 6h e 23h para permitir a passagem de comboios da ONU e organizações humanitárias que distribuem alimentos e medicamentos à população de Gaza. "Esta decisão foi coordenada com a ONU e outras organizações internacionais após discussões sobre o assunto", acrescentou o comunicado.
De acordo com o exército israelense, a pausa se aplicará a áreas onde atualmente não há presença ativa: Cidade de Gaza (no norte do enclave), Deir al-Balah (no centro) e Al Mawasi (no sul).
A decisão ocorre um dia após Israel anunciar a retomada dos lançamentos aéreos de ajuda humanitária para Gaza, onde as mortes por desnutrição dispararam nas últimas semanas. O número total de vítimas de desnutrição desde o início da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, chegou a 127, 85 das quais são crianças, segundo dados do Departamento de Saúde de Gaza, controlado pelo governo liderado pelo Hamas.
( Por DW, AFP,AP. Edição: Política Real)