Segundo rodada Genial/ Quaest mostra que efeito tarifaço fez Lula aparecer liderando todas as pesquisas para reeleição em 2026 e Tarcísio de Freitas perde espaço
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( Publicada originalmente às 11h 00 do dia 17/07/2025)
(Brasília-DF, 18/07/2025) Na manhã desta quinta-feira, 17, a parceria Genial/Quaest divulgou sua segunda rodada de pesquisa após o tarifaço de Donald Trump e dessa fez teve caráter eleitoral. A pesquisa revela que o presidente lidera todas as possíveis disputas para uma disputa presidencial de reeleição em 2026.
Para um possível segundo turno, Lula que estava
Veja as postagens, na rede social X, feitas pelo cientista política e CEO do Instituto Quaest, Felipe Nunes, comentando e colocar os números da investigação:
“Lula lidera todos os cenários de 1º turno; Bolsonaro (mesmo inelegível) continua sendo o nome mais forte da direita para ir a um eventual segundo turno contra Lula (32 x 26), seguido por Michelle (30 x 19), Tarcisio (32 x 15) e Eduardo Bolsonaro (31 x 15).
As simulações de segundo turno mostram os efeitos negativos da associação de Bolsonaro ao tarifaço de Trump contra o Brasil. Na pesquisa anterior, ele e Lula estavam numericamente empatados, com 41% cada. Agora, Lula abriu 6 pontos de vantagem.
Mas não foi só o ex-presidente que sentiu os efeitos do tarifaço americano. Em maio/25, o governador de São Paulo estava a apenas 1 ponto de Lula. Agora, oscilou negativamente e aparece 4 pontos atrás — ainda em empate técnico, no limite da margem de erro.
Para Michelle Bolsonaro a situação ficou pior. Ela aparecia empatada com Lula no limite da margem de erro em maio/25. Agora, perderia em um eventual segundo turno contra Lula, se a eleição fosse hoje (43 x 36).
O governador do Paraná, mesmo não tendo se pronunciado sobre o caso, também viu sua condição mudar. Em maio ele também aparecia empatado com Lula na margem de erro. Agora, perderia para Lula em um eventual segundo turno (41 x 36).
Apesar da visibilidade internacional com o tarifaço de Trump, Eduardo Bolsonaro não converteu o protagonismo em ganhos eleitorais. Seu desempenho segue o mesmo de um mês atrás, e Lula mantém vantagem confortável em um eventual segundo turno contra ele: 43% a 33%.
Situação semelhante à de Romeu Zema, governador de Minas Gerais, que não apresentou avanços nem retrocessos em seu desempenho eleitoral num eventual segundo turno contra Lula. Lula venceria Zema se a eleição fosse hoje (42 x 33).
O desempenho eleitoral do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também não sofreu mudanças significativas. Em um eventual segundo turno contra Lula, Caiado teria 33% e Lula venceria a eleição com 42%.
Agregados, esses resultados mostram o piso e o teto de cada grupo político neste momento. Enquanto Lula varia de 30%, nas simulações de 1º turno, a 43%, nas simulações de 2º turno; o Bolsonarismo varia de 15%, nas simulações de 1º turno, a 37%, nas simulações de 2º turno.
A pesquisa mostrou ainda de onde vem o fôlego que Lula ganhou no último mês para ser candidato a reeleição em 2026: 90% dos lulistas/petistas defendem a candidatura de Lula, 72% da esquerda não petista defende a candidatura do presidente e 28% do eleitor moderado de centro faz a mesma defesa.
Bolsonaro, por sua vez, só viu aumentar o apoio a manutenção de sua candidatura entre os eleitores bolsonaristas. Embora tenha aumentado o apoio à manutenção de sua candidatura entre a direita não bolsonarista, a maioria desse grupo ainda defende que ele abra mão logo da candidatura. No eleitor decisivo de centro, apenas 17% defendem a manutenção de Bolsonaro no jogo.
Se Bolsonaro não for candidato, a população brasileira acredita que Tarcisio deveria ser o nome da direita em 2016. Mas chama atenção que, da pesquisa de maio pra julho, Tarcisio e Michelle perderam apoio, cedendo lugar a Eduardo Bolsonaro, que duplicou sua torcida entre as duas pesquisas.
Na avaliação dessa questão por segmentos, dá pra ver que o aumento na torcida pró-Eduardo aconteceu exclusivamente entre o eleitorado bolsonarista raiz. Nesse segmento, ele tinha 10% de torcida em maio/25 e passou a ter 22% na pesquisa desse mês. Foi a Michelle quem mais perdeu torcida bolsonarista nesse período.
Na guerra das rejeições, Bolsonaro continua sendo, como foi durante todo o ciclo eleitoral de 2022, ligeiramente mais rejeitado que Lula. O medo de que Bolsonaro volte a ser presidente chega a 44%, enquanto o medo de que Lula continue é de 41%. É empate na margem de erro, com pequena vantagem numérica para Lula.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14/07. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pp. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)