Brasil e Economia

Geraldo Alckmin disse que o Governo Federal quer resolver a questão do “tarifaço” de Donald Trump antes do 1º de agosto; ficou acertado que empresários do Brasil vão conversar com empresários dos EUA

Veja mais

Publicado em
ed2994dee90cbeb2b40e1e05f4452614.jpeg

( Publicada originalmente às 19 h 00 do dia 15/07/2025)

(Brasília-DF, 16/05/2025)   Nesta terça-feira, 15, após duas reuniões com representantes de setores exportadores da indústria e da agro, para tratar do tarifaço do presidente Donaldo Trump nos produtos brasileiros, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta tarde que o governo federal trabalha para resolver a questão antes de 1º de agosto, data anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para início de cobrança da tarifa de 50% sobre produtos originários do Brasil.

As reuniões aconteceram no âmbito Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, criado por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para responder à aplicação de medidas tarifárias unilaterais, por países ou blocos econômicos, prejudiciais ao Brasil.

“Pudemos ouvir o setor produtivo e reiterar o compromisso com o diálogo, que é o compromisso do presidente Lula, para trabalharmos juntos e reverter este quadro. Houve uma colocação aqui de que o prazo é exíguo, pedindo um prazo maior. Mas a ideia do governo é procurar resolver até o dia 31 de julho”, ressaltou Alckmin.

A mobilização com o setor produtivo segue ao longo da semana. Estão previstas novas reuniões com outras setores e entidades, de empresários e trabalhadores. Também haverá conversas com representantes do empresariado norte-americano, a Amcham – Câmara Americana de Comércio para o Brasil.Diálogo

Alckmin, na entrevista coletiva após o encontro da tarde, destacou que representantes do setor produtivo nacional se comprometeram a trabalhar com seus congêneres estadunidenses, que também serão afetado com o aumento da tarifa de exportação de produtos brasileiros vendidos aos EUA.

“Às vezes você tem cadeias integradas, então vamos trabalhar também com os empresários americanos, mostrando que isso tem um prejuízo não só para o Brasil, mas também um prejuízo para a população americana, porque há uma complementariedade econômica”, destacou.

O ministro também falou do superávit dos EUA na balança comercial com o Brasil. Enquanto a exportação de produtos brasileiros cresceu 4,3% no primeiro semestre, a importação de produtos dos EUA aumentou 11%.

A reunião contou com a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, da Pesca e Aquicultura, André de Paula, da Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, e da ministra substituta do Ministério de Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, entre outros integrantes do governo federal.

Do lado do agronegócio, participaram lideranças dos setores de café, frutas, pescados e carne bovina, entre outros.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)