31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil destaque para divulgação do IPCA de junho

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Mercados globais em queda

(Brasília-DF, 10/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “XP Investimentos” apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil destaque para divulgação do IPCA de junho.

 

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Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em leve queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: 0,0%), após novos anúncios de tarifas de Donald Trump. As bolsas americanas interromperam uma sequência negativa diante de renovado otimismo com inteligência artificial, que levou Nvidia a ultrapassar a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado. Para hoje, são aguardados novos anúncios sobre a política comercial americana, assim como repercussões internacionais de declarações realizadas ontem. No pré-mercado, Delta se destaca com alta de 12% diante de guidance positivo.

Mercados globais apresentam performance positiva em dia de respiro da Bolsa americana e diante da continuidade do movimento estrutural de rotação para fora dos EUA. Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,5%) e na China, as bolsas fecharam positivas (CSI 300: 0,5%; HSI: 0,6%).

 

IBOVESPA -1.3% | 137.481 Pontos. CÂMBIO +1,1% | 5,50/USD

 

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em queda de 1,3%, aos 137.481 pontos, pressionado pelas preocupações com o cenário tarifário. Ao longo do dia, Donald Trump anunciou a intenção de impor tarifas sobre o Brasil, o que pressionou os ativos locais, com o dólar subindo 1,1%, terminando o dia a R$ 5,50. Após o fechamento dos mercados, foram anunciadas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que deve impactar os ativos locais no pregão de hoje. Embora acreditemos que o impacto macro inicial não seja tão significativo, alguns nomes tendem a sofrer de forma mais intensa — como a Embraer. Confira os detalhes no relatório completo.

 

Entre os destaques negativos do dia, PetroReconcavo (RECV3, -5,4%) recuou após divulgar números de produção de junho abaixo do esperado pelo segundo mês consecutivo (veja mais detalhes aqui). Na ponta positiva, Braskem (BRKM5, +6,0%) avançou com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do regime de urgência para o projeto de lei que cria o PRESIQ (Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química). A proposta visa incentivar o desenvolvimento da cadeia petroquímica nacional por meio da concessão de créditos fiscais a empresas elegíveis (veja o comentário completo dos nossos analistas aqui).

 

Nesta quinta-feira, será a divulgação do IPCA de junho no Brasil. No entanto, o foco do mercado deve permanecer nos desdobramentos do anúncio tarifário feito por Trump e seus potenciais impactos sobre o Brasil.

 

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com forte abertura dos vértices intermediários e longos da curva.  Nos EUA, os rendimentos dos títulos soberanos encerraram o dia em queda, influenciados por um leilão de US$ 39 bilhões em papéis de 10 anos, que registrou uma demanda sólida. Assim, na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,84 % (-5,39bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,34% (-7,03bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,93% (+0,7bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,27% (+9,5bps); DI jan/29 em 13,49% (+18,1bps); DI jan/31 em 13,64% (+21,7bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com queda de 0,11%, pressionado tanto pelo desempenho negativo dos Fundos de Papel quanto dos FIIs de Tijolo, que registraram desvalorizações médias de 0,19% e 0,01%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, estiveram PATL11 (6,9%), LVBI11 (5,4%) e FATN11 (1,5%). Já VGIR11 (-1,0%), PVBI11 (-1,1%) e RVBI11 (-1,2%) apresentaram as maiores quedas.

 

Economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. Trump reforçou o discurso de que a maneira para evitar as taxações consiste em levar a produção e empresas brasileiras para o território americano. Ainda acrescentou que, se o Brasil buscar retaliar, elevando suas tarifas, a alíquota aplicada pelos Estados Unidos será majorada em igual magnitude.

 

Ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) divulgou a ata de sua última reunião de política monetária, realizada em 17-18 de junho. Os membros do Fed destacaram que o aumento de tarifas provavelmente pressionará os preços locais, inclusive com riscos de impacto persistente. No entanto, ainda há considerável incerteza sobre o momento, o tamanho e a duração desses efeitos. O mercado continua a atribuir cerca de 70% de probabilidade para a retomada do ciclo de cortes de juros em setembro, exatamente o que consideramos em nosso cenário.

 

Hoje, o IPCA de junho é o destaque da agenda econômica. Esperamos elevação de 0,18% em comparação a maio, próximo ao consenso de mercado de 0,20%. Os núcleos de inflação, que excluem os itens mais voláteis, devem subir moderadamente, reforçando a leitura benigna do IPCA-15 (prévia da inflação mensal).

 

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)