DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve queda e no Brasil sem grandes destaques, mas a pré-COP já chama atenção
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(Brasília-DF, 07/11/2025). A Política Real teve acesso ao relat’rio “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados estão em leve queda e no Brasil sem divulgação de índices relevantes. Olha na Pré-COP30.
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Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA recuam levemente (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,2%) após uma sessão marcada por forte correção nas ações de tecnologia e novas preocupações com valuations em IA. Na véspera, o Nasdaq caiu 1,9% e o S&P 500 recuou 1,1%. O movimento refletiu o pessimismo com o setor de IA, após quedas expressivas de Nvidia, AMD, Tesla e Microsoft, em meio a dados mostrando o maior número de cortes de empregos para outubro em mais de 20 anos, tornando 2025 o pior ano para demissões desde 2009. O mercado também aguarda o julgamento da Suprema Corte sobre as tarifas do governo Trump e os próximos balanços corporativos para novos sinais de fôlego no mercado.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,5%) após nova rodada de resultados e temor de bolha em IA. A britânica Rightmove despenca 13,6% após projetar menor lucro operacional devido ao aumento de investimentos em IA, enquanto Novo Nordisk cai 2,2% após acordo com Donald Trump para reduzir preços de medicamentos para perda de peso. O Banco da Inglaterra manteve os juros em 4%, com o governador Andrew Bailey sinalizando que cortes podem vir antes do Natal, enquanto o Norges Bank também manteve as taxas.
Na China, os mercados seguiram em queda (HSI: -0,9%; CSI 300: -0,3%) acompanhando o tom negativo de Wall Street e o novo sell-off em ações de IA. Dados fracos da China também pesaram: as exportações caíram 1,1% em outubro (em dólar) e as importações cresceram apenas 1%, ambas abaixo das expectativas, refletindo demanda interna fraca e desaceleração industrial. O sentimento na região permanece cauteloso, com investidores avaliando se a correção no setor de IA marca uma pausa temporária ou o início de uma reversão mais ampla.
Economia
Na China, o superávit comercial recuou para US$ 90,1 bilhões em outubro, abaixo das expectativas de US$ 96,9 bilhões. O movimento reflete o enfraquecimento da demanda externa e as tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos. Na Zona do Euro, as vendas no varejo recuaram 0,1% entre agosto e setembro, abaixo do esperado (0,2%), na esteira da cautela das famílias diante da incerteza econômica.
IBOVESPA +0,03% | 153.339 Pontos. CÂMBIO -0,22% | 5,35/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira próximo da estabilidade, com leve alta de 0,03%, aos 153.339 pontos. O índice conseguiu sustentar seu patamar, mesmo em meio a uma nova queda dos mercados americanos (S&P 500, -1,1%; Nasdaq, -1,9%), refletindo o aumento da cautela dos investidores em relação às ações de tecnologia associadas ao tema de Inteligência Artificial. No cenário doméstico, o mercado repercutiu a decisão de política monetária do Copom, que manteve a taxa Selic em 15,00%, em linha com as expectativas. Apesar disso, o comunicado manteve um tom duro, reforçando a sinalização de que os juros deverão permanecer em níveis elevados por um período prolongado.
Entre as ações, Rede D’Or subiu (RDOR3 +8,36%), repercutindo os resultados da companhia para o 3T25, que vieram acima das expectativas do mercado. Na ponta negativa, Minerva (BEEF3, -13,5%) recuou significativamente, mesmo após divulgar números robustos no 3T25 (veja aqui mais detalhes), potencialmente refletindo o tom mais conservador adotado pela administração durante a teleconferência de resultados, além de um movimento técnico de realização de lucros.
Nesta sexta-feira, o destaque da agenda internacional será a divulgação dos índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) da China, ambos referentes a outubro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi pautado pela interpretação do mercado de um tom mais firme na reunião do Copom, reforçando que a Selic deve seguir alta por um “período bastante prolongado” e que pode voltar a subir os juros, se necessário — o que freou expectativas de novos cortes. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,88% (+4,2bps); DI jan/29 em 13,08% (+1,1bps); DI jan/31 em 13,38% (+0,6bps). Nos EUA, as taxas tiveram alívio com o mercado reagindo à alta de 175% nas demissões em outubro, segundo a consultoria Challenger, mesmo com impasse sobre o shutdown travando dados oficiais. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5574% (- 7,1bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,0807% (- 7,5bps).
IFIX
O IFIX encerrou a quinta-feira com leve alta de 0,05%, mesmo diante do movimento de abertura da curva de juros, reflexo do tom mais duro adotado no comunicado pós-reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic em 15%, conforme esperado pelo mercado.
No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram valorização média de 0,12%, enquanto os fundos de papel apresentaram queda de 0,04%. Entre as maiores altas do pregão, destacaram-se SNFF11 (+2,00%), VILG11 (+1,70%) e CCME11 (+1,00%). Já entre as principais quedas, figuraram JSRE11 (-0,90%), RZAT11 (-0,90%) e MFII11 (-0,80%). Hoje é o último dia do Superclássicos de FIIs, confira todos os vídeos aqui.
Economia
No Brasil, o superávit comercial atingiu US$ 7,0 bilhões em outubro de 2025, acima das expectativas de US$ 6,2 bilhões. As exportações vêm apresentando desempenho expressivo no segundo semestre do ano. Os embarques de carnes cresceram, e os preços do café e do minério de ferro permanecem em níveis favoráveis. Além disso, a safra robusta de grãos e a recuperação da economia Argentina têm sustentado o crescimento das vendas.
Agenda econômica de hoje relativamente vazia. Destaque para os discursos dos diretores do Fed, banco central dos Estados Unidos, Stephen Miran e Philip Jefferson.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)