SUSTENTABILIDADE

Luiz Lessa, em encontro com a Bancada do Norte, apresenta os três eixos do BASA para apoiar os produtores, melhorar a infraestrutura e garantir a sustentabilidade da Amazônia

Lessa comentou que o Banco da Amazônia também está atento em promover a transição energética na região Norte do Brasil.

Por Humberto Azevendo com Política Real
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Luiz Lessa no café do Norte Foto: Política Real

(Brasília-DF, 10/06/2025). Em encontro com a Bancada do Norte na manhã desta terça-feira, 10 de junho, o presidente do Banco da Amazônia (BASA), Luiz Lessa, apresentou, segundo ele, os três eixos realizados pela instituição desde quando assumiu o comando do banco para apoiar os produtores rurais - sejam eles pequenos, médios ou grandes, melhorar a infraestrutura da região e garantir a sustentabilidade dos sete estados do Norte.

A declaração aconteceu durante um café da manhã promovido pela Bancada do Norte realizado no restaurante do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) localizado no décimo andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o presidente do BASA comentou que o banco vem tentando solucionar um problema crônico de alocar os recursos do do Fundo Constitucional do Norte (FNO) para proporcionar a região uma “transformação” na infraestrutura da região, que, de acordo com ele, atualmente mais de 50% do milho e 40% da soja exportados do Brasil já são escoados pelo corredor do rio Amazonas.

“Sem mais delongas, eu queria falar com vocês um pouco sobre o nosso, sobre o Banco do Amazônia, mas em três focos, não é? Qual é a estratégia que a gente levou para o Banco do Amazônia quando aceitou o convite para ir assumir a presidência do banco, lá em junho de 2023, fazendo dois anos esse ano. Então, nós pegamos lá um banco que ele tinha, vocês bem conhecem, tinha um foco muito ali na pecuária de grande porte, com pouco atendimento aos pequenos, e era um banco que a gente sabe que tem muitas dificuldades em termos de tecnologia, em termos de infraestrutura. Enfim, esse foi o grande desafio que nós recebemos”, iniciou.

“O desafio foi como é que nós transformamos esse banco, como é que nós transformamos o Banco do Amazônia num banco moderno, num banco ágil, que definitivamente atenda aos anseios da região norte e que contribua efetivamente para o desenvolvimento e para a melhoria da qualidade da vida das pessoas que lá vivem. E nisso, senhores, a gente desenvolveu uma estratégia de atuação muito simples, em três camadas”, complementou.

“A gente trata a melhoria de vida do CPF [Cadastro de Pessoa Física] da pessoa. É o pequeno empresário, é o pequeno agricultor, é o pequeno empreendedor. Então essa é a primeira estratégia, atuar no CPF. (...) A segunda estratégia é, como eu falei, a Amazônia está passando por um processo de desenvolvimento, de crescimento grande nesse momento e precisa de infraestrutura. E aí a gente está falando aqui de infraestrutura das mais diversas. A principal é a energia elétrica. (...) O terceiro bloco, e esse é o que dá a sustentabilidade e cria o desenvolvimento contínuo, que cria aquele que a gente chama de espiral de crescimento, e nós investimos nos hubs de desenvolvimento. E aí nós temos que ver quais são as aptidões da região. E aí cada microrregião na região norte tem a sua aptidão”.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Na oportunidade, Lessa comentou ainda que o BASA também está atento em promover a transição energética na região Norte do Brasil e nos estados que compõem a região amazônica.

“E dentro da energia elétrica, nós temos dois componentes, que é o primeiro, a gente precisa acabar a integração da região Norte com o sistema nacional. E com isso, nós estamos apoiando lá o Linhão, Manaus, Boa Vista (RR). Mas, mais do que isso, nós precisamos também da transição energética. A gente sabe que agora, lá no Amazonas, nesse exato momento, devem ter umas 90 usinas queimando óleo e diesel”, completou.

“Então nós precisamos trabalhar, ter recursos para que a gente faça também a transição energética. Que a gente pare de queimar óleo e diesel e comece a usar o que o norte tem, que é gás. Mas o gás é fóssil? É. Mas é muito mais viável nós usarmos gás para substituir o diesel do que gastar diesel, que para cada um litro de diesel que é gasto na geração de energia, a gente gasta dois, levando o diesel até lá”, finalizou.

( Por Humberto Azevedo com edição da Política Real)