31 de julho de 2025
Brasil e Poder

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil, mercado ainda avalia a Ata do Copom, mas FGV-IBRE via divulgar índices

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Mercados em estabilidade

(Brasília-DF, 25/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil reflexões sobre a ata do Copom ainda marcam a semana.  FGV-IBRE divulga INCC e confiança da construção civil.

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Nesta quarta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam perto da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: +0,1%), com os investidores monitorando a aproximação do S&P 500 de sua máxima histórica. O índice saltou mais de 1% no pregão anterior, impulsionado pela queda do petróleo, e agora está a menos de 1% do recorde. A trégua entre Irã e Israel, anunciada por Donald Trump e confirmada por ambos os lados, sustentou o alívio nos mercados, mesmo em meio às incertezas com tarifas e consumo.

As taxas das Treasuries recuam após o discurso de Jerome Powell, que reforçou a cautela do Fed e a ausência de pressa para iniciar cortes de juros. A taxa de 10 anos caiu 3 bps, enquanto a de 2 recuou 1 bps.

Na Europa, as bolsas operam em leve queda (Stoxx 600: -0,1%), apesar do desempenho positivo do setor de defesa, que avança 1,2% diante da reunião de cúpula da OTAN em Haia. Os líderes dos países-membros, com exceção da Espanha, sinalizaram um aumento da meta de gastos militares para 5% do PIB.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,4%; HSI: +1,2%), acompanhando o alívio global com a perspectiva de manutenção do cessar-fogo. Investidores também repercutem os comentários do Fed e os últimos movimentos do petróleo.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, prestou depoimento perante o Congresso ontem. Segundo ele, o banco central projeta aumento da inflação nos próximos meses, em meio à elevação das tarifas de importação, afirmando que não há pressa para reduzir as taxas de juros enquanto isso. Powell reforçou que o mercado de trabalho continua sólido e que a autoridade monetária está bem-posicionada para esperar novos sinais da conjuntura econômica antes de considerar mudanças nos juros.

IBOVESPA +0,44%% | 137.165 Pontos.     CÂMBIO +0,32% | 5,52/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em alta de 0,5%, aos 137.165 pontos, em um dia positivo para os mercados globais (S&P 500 +1,1%; Nasdaq +1,5%), após Donald Trump anunciar um cessar-fogo entre Israel e Irã, o que impulsionou o apetite por risco e levou à queda dos preços do petróleo. No cenário doméstico, a ata do Copom reforçou a sinalização de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim, mas também indicou que a taxa deve permanecer em território significativamente contracionista por um período “muito prolongado”.

O principal destaque positivo do dia foi Vamos (VAMO3, +7,2%), em movimento técnico de recuperação, após recuar 11,4% nos dois pregões anteriores. Já Brava Energia e PetroReconcavo (BRAV3, -6,9%; RECV3, -4,7%) recuaram, repercutindo a queda do preço do petróleo.

Nesta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação das vendas de casas novas de maio nos Estados Unidos.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com movimentos mistos, com fechamento nos vencimentos curtos e intermediários da curva, e leve abertura nos vértices longos. No cenário internacional, os agentes ampliaram as apostas em um potencial corte de juros pelo Fed na próxima reunião, mesmo com o presidente da entidade, Jerome Powell, tendo afirmado não haver pressa. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,82% (-3,9bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,29% (-5,3bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,95% (- 1,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,22% (- 5,4bps); DI jan/29 em 13,37% (- 2bps); DI jan/31 em 13,55% (+3,1bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,13%, embora ainda acumule uma desvalorização de 0,80% no mês. Os Fundos de Tijolo foram o destaque da sessão, ao registrarem valorização média de 0,28%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho médio negativo de 0,19%. Entre as maiores altas do dia estiveram BTAL11 (2,5%), RCRB11 (2,0%) e RBRL11 (1,7%). Já CPSH11 (-1,3%), RBFF11 (-1,3%) e TVRI11 (-1,3%) registraram as maiores quedas.

Economia

O Copom divulgou, ontem pela manhã, a ata da sua última reunião de política monetária (17-18 de junho). O Comitê argumentou que a atividade econômica e a inflação estão em processo de moderação, mas ainda em níveis desafiadores. Em nossa avaliação, o Copom entende que sua estratégia de conduzir um “ciclo rápido e firme de elevação de juros” vem funcionando. Agora, é o momento de “observar os efeitos do ciclo implementado”. A indicação de juros restritivos por “período bastante prolongado” foi utilizada cinco vezes ao longo da ata. Consideramos essa comunicação consistente com o nosso cenário de taxa Selic em 15,00% até o 2º trimestre de 2026. Prevemos o início de um ciclo de flexibilização monetária em abril, com a taxa básica de juros chegando a 12,50% (após cinco cortes de 0,50 p.p.). 

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)