Itamaraty condena ataques dos EUA a locais nucleares, fala de atentado a Carta da ONU assim como se coloca contra proliferação de armas nucleares e ataques a regiões de população próximas de hospitais

( Publicada originalmente às 17h 00 do dia 22/06/2025) 

(Brasília-DF, 23/06/2025). O governo brasileiro, através do Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores, divulgou nota à imprensa sobre o ataque dos Estados Unidos ao Irã, assim como avaliando a posição brasileira sobre o conflito entre Israel e Irá.

O Brasil entende que o ataque dos Estados Unidos ao Irã atenta contra a Carta da ONU, critica o fato do ataque a locais nucleares, destaca a possibilidade desses ataques gerarem vazamentos radioativos que atingiriam a população civil.

O Brasil também condena os ataques do Irã a hospitais e zonas populacionais assim como condena o possível uso de energia nuclear para fins militares e armamentistas. O Brasil condena a proliferação de armas nucleares.

O Brasil defende uma solução diplomática para o conflito que ora se vê. “o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz.”, diz parte do texto.

Veja a íntegra da nota:

Nota à Imprensa

O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.

O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.

O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.

Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)