DESTAQUES DO DIA: Mercados em leve alta e no Brasil expectativa sobre o pacote fiscal alternativo ao IOF
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(Brasília-DF, 04/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leve alta e no Brasil, apesar de não ter índices importantes a serem divulgados o mercado está de olho no que “vazar” do pacote fiscal alternativo ao IOF.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%), após o mercado ter registrado o segundo dia seguido de ganhos. Ontem, o S&P 500 subiu 0,6% e o Nasdaq avançou 0,8%, impulsionados por ações de tecnologia, com destaque para a Nvidia, que voltou a se tornar a empresa mais valiosa do mundo ao ultrapassar a Microsoft. A alta recente tem aumentado o otimismo dos investidores de que o pior do noticiário sobre tarifas já foi precificado. As mudanças de postura do presidente Donald Trump vêm sendo lidas como sinais de que os impostos estão sendo usados como ferramenta de negociação. Ainda assim, investidores seguem atentos aos dados do mercado de trabalho que serão divulgados ao longo da semana, incluindo o relatório da ADP nesta quarta-feira.
As taxas das Treasuries operam estáveis nesta manhã, com a taxa do título de 10 anos recuando menos de 1 bp, e a de 2 anos mantendo-se praticamente inalterado.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,5%) mesmo após a entrada em vigor das tarifas de 50% sobre importações de aço determinadas por Trump. A medida atinge países como Canadá, México, Alemanha, Itália e Holanda, mas o Reino Unido foi poupado da tarifa cheia e manterá o imposto em 25% devido ao acordo comercial firmado em maio. Em paralelo, o comissário europeu Maros Sefcovic afirmou que as negociações com os EUA seguem “progredindo no ritmo certo”.
Na China, os mercados encerraram o pregão em leve alta (CSI 300: +0,4%; HSI: +0,6%), apesar da retórica mais dura de Trump, que disse ser “extremamente difícil” fechar um acordo com o presidente Xi Jinping. Já na Coreia do Sul, o mercado liderou os ganhos na Ásia após a vitória do líder da oposição, Lee Jae-myung, nas eleições presidenciais. O Kospi saltou 2,7%, no maior nível desde agosto de 2023.
Na agenda do dia, teremos a divulgação nos Estados Unidos dos dados da criação de empregos no setor privado do relatório ADP e o indicador ISM de serviços. Além disso, o Fed divulga o livro bege, um relatório descritivo sobre as condições da economia americana. Na China, teremos os índices de gerentes de compras (PMI) de serviços e composto, indicadores antecedentes da atividade econômica naquele país, que mostra uma economia vacilante neste primeiro semestre.
IBOVESPA +0,56% | 137.546 Pontos CÂMBIO -0,72% | 5,63/USD
Ibovespa
O Ibovespa fechou a terça-feira em alta de 0,6%, aos 137.546 pontos, em um pregão marcado pela atenção ao noticiário político doméstico. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ter apresentado aos presidentes da Câmara e do Senado uma proposta sobre as mudanças no IOF, que deverá ser divulgada ao público apenas na próxima semana. O dólar recuou 0,6%, encerrando o dia em R$ 5,64, enquanto a curva de juros fechou, com o DI jan/34 caindo 9 bps.
Como resultado, os principais destaques positivos foram ações sensíveis à taxa de juros, como Azul, Magazine Luiza e Cosan (AZUL4 +8,8%; MGLU3 +7,4%; CSAN3 +6,1%). Na ponta oposta, Rede D’Or (RDOR3 -3,0%) liderou as perdas, após a companhia revisar para baixo suas projeções de abertura de novos leitos.
Para o pregão desta quarta-feira, os destaques da agenda econômica incluem o ISM de serviços de maio e o livro bege nos EUA, além do PMI de serviços Caixin de maio na China.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com leve abertura nos vértices curtos, e fechamento na parte longa da curva. No Brasil, o foco dos investidores foram as falas de Lula e Haddad sobre as alternativas ao ajuste no IOF. Apesar de as medidas não terem sido divulgadas, o mercado se manteve otimista com o potencial de serem mais estruturais.
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,96% (+1,5bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,47% (+1,9bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,81% (+1,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (+2,2bps); DI jan/29 em 13,64% (- 4,4bps); DI jan/31 em 13,77% (- 6,5bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,27%. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolo apresentaram desempenho positivo na sessão, com valorizações médias de 0,39% e 0,18%, respectivamente. Entre os destaques positivos estiveram BROF11 (+3,7%), BLMG11 (+3,0%) e HGRE11 (+2,6%), enquanto VIUR11 (-3,8%), TRBL11 (-2,9%) e RCRB11 (-1,6%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
Economia
Os dados do relatório Jolts revelaram um aumento de vagas emprego nos Estados Unidos, com abertura de 7,39 milhões de vagas, acima da expectativa e do mês anterior. A leitura reforça a visão de que o mercado de trabalho deve ter uma desaceleração gradual, levando a uma postura mais cautelosa do Fed. Nesse sentido, três autoridades do Banco Central norte-americano reafirmaram nesta terça-feira a necessidade de manter uma postura de esperar para ver, em especial por conta da incerteza trazida pela guerra tarifária.
No Brasil, dados da produção industrial mostraram a quarta alta consecutiva, mas o crescimento veio abaixo do esperado. Na abertura, destaque para a indústria extrativa, menos sujeita aos efeitos cíclicos da economia. Também no Brasil, o ministro da fazenda indicou que apresentará na próxima semana um novo pacote que permitirá a revogação do aumento do IOF.
E no Brasil, apesar de não haver indicadores, os agentes devem continuar acompanhando as discussões sobre o pacote fiscal a ser apresentado na próxima semana.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)