DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil expectativa sobre o futuro do IOF
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(Brasília-DF, 03/06/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil expectativa sobre o futuro do IOF.
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Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,4%; Nasdaq 100: -0,4%), após o mercado encerrar o primeiro pregão de junho em alta. Apesar do otimismo inicial com a sazonalidade favorável, os riscos seguem elevados, especialmente após novas declarações de Trump e tensões comerciais com China e Europa.
Com o aumento da aversão ao risco, as taxas das Treasuries recuam de forma generalizada. A taxa dos títulos de 10 e 30 anos caem mais de 5 bps, enquanto o de 2 anos recua pouco mais de 2 bps, em meio ao corte na projeção de crescimento dos EUA pela OCDE devido às incertezas sobre tarifas.
Na Europa, os mercados operam em leve queda (Stoxx 600: -0,2%), com CAC 40 e DAX recuando 0,1% cada, após a divulgação de uma inflação abaixo da meta do BCE (1,9%) e novas críticas da Comissão Europeia ao plano de Trump de dobrar tarifas sobre o aço. A medida, segundo o bloco, “mina” as negociações em curso com os EUA.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +1,5%) apesar do dado fraco de manufatura, com o PMI Caixin caindo para 48,3 (pior nível desde 2022). O movimento foi interpretado como mais um reflexo das tarifas americanas e da piora nas negociações comerciais entre os dois países.
Economia
Trump apressa países para que apresentem suas melhores propostas nesta quarta-feira. Nos Estados Unidos, sondagem industrial – pesquisa com gerentes de compras do setor sobre a situação econômica – contraiu em maio, ainda refletindo as incertezas comerciais. Por sua vez, na China, a sondagem recuou para 48,3 pontos (abaixo de 50 pontos indica que o setor está em contração). Por fim, inflação vem em linha com o consenso na Zona do Euro e a taxa de desemprego vem conforme o esperado pelo mercado.
Na agenda internacional, o destaque fica para o JOLTS – pesquisa mensal do mercado de trabalho americano. Na agenda doméstica, temos a produção industrial de abril, em que esperamos um avanço de 0,4% contra março e 0,2% na comparação anual.
IBOVESPA – 0,18% | 136.787 Pontos. CÂMBIO – 0,77% | 5,67/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em leve queda de 0,2%, aos 136.787 pontos, em um pregão de agenda mais esvaziada, com os investidores à espera de eventos relevantes ao longo da semana — incluindo os dados do mercado de trabalho dos EUA e a decisão de juros na Zona do Euro. As discussões em torno das tarifas anunciadas por Trump também seguem no radar.
O principal destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi Gerdau (GGBR4, +5,1%), após os EUA anunciarem um aumento na tarifa sobre o aço de 25% para 50%. A companhia tende a se beneficiar diretamente da medida, devido a sua produção baseada nos EUA (veja mais detalhes aqui). Na ponta negativa, São Martinho (SMTO3, -4,8%) liderou as perdas, após a Petrobras (PETR3 +2,5%; PETR4 +2,7%) anunciar um corte no preço da gasolina, movimento que tende a pressionar o etanol.
Para o pregão desta terça-feira, os destaques da agenda econômica serão o Relatório JOLTS nos EUA e dos dados de produção industrial no Brasil, ambos referentes ao mês de abril.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com movimento misto na curva. Nos EUA, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram após o presidente Donald Trump anunciar o aumento das tarifas, refletindo em preocupações com o impacto inflacionário e a pressão sobre a dívida pública. No Brasil, a curva refletiu a percepção de um cenário inflacionário mais favorável, impulsionado pela redução nos preços da gasolina e pela melhora nas expectativas de IPCA no Boletim Focus, além da influência da alta nos rendimentos das Treasuries. O impacto da Moody’s na curva foi menor do que o esperado. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,94% (+3,91bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,44% (+3,96bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,77% (- 2,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,13% (+2,3bps); DI jan/29 em 13,63% (+4,1bps); DI jan/31 em 13,78% (+5bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou junho em queda de 0,49%, após o bom desempenho registrado em maio. Tanto os FIIs de Papel quanto os fundos de Tijolo apresentaram resultados negativos no primeiro pregão do mês, com desvalorizações médias de 0,40% e 0,63%, respectivamente. Entre os destaques positivos estiveram HTMX11 (+2,8%), DEVA11 (+1,6%) e RBRL11 (+1,5%), enquanto URPR11 (-7,2%), BROF11 (-3,6%) e BBIG11 (-3,4%) registraram as maiores quedas do dia.
No Brasil, o Boletim Focus voltou a mostrar queda na mediana das projeções para o IPCA em 2025. Ainda, o Ministério da Fazenda deve anunciar alternativas ao aumento do IOF hoje. Petrobras abaixa preço da gasolina em 5,6% nas bombas.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)