Precisamos muito mais que isso!
Estamos falando de política, seus erros e acertos,
(Brasília-DF) Vamos engrenar a segunda quinzena(?!) do mês mais curto do ano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva de volta dos Estados Unidos, logo engrena uma visita a Bahia, de onde arrancou 4 milhões de votos de maioria sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula volta dos Estados Unidos ainda sem os bilhões que se espera, mas certamente, volta impressionando por lá. O presidente Joe Biden, muito experiente, sabe muito bem com quem vai lidar ao menos nos seus próximos dois anos de mandato. Lula fez o caminho de cercá-lo, tanto com a proximidade com a bancada destacada dos Democratas, um encontro com sindicalistas estadunidenses e o compromisso ambiental. Dificilmente Lula vai deixar de ter o que foi buscar.
Além de tudo, deu a Biden o gostinho de retroceder e ver Lula criticar um pouco mais Vladimir Putin, gostinho que ele não deu a Olaf Sholz, chanceler da Alemanha quando este veio ao Brasil.
De quebra, ainda no final da semana, economistas importantes divulgaram manifesto em defesa de juros menos intensos como temos hoje. Os chefes dos poderes do Legislativo, como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, em fala ao “O Globo”, deixaram claro que não vão tocar mudanças na regra da autonomia do Banco Central.
A forma de lidar com o juro alto, ainda não está clara, mas certamente, o Banco Central não vai fazer tudo do jeito que quer. O apoio dos políticos que querem ver a economia crescer foi um indicativo para Campos Neto, e seus apoiadores, que ele trem que segurar a mão. Se vier mais estimativas de inflação em baixa no IPCA-15 de março já poderemos ver algo em curso.
O retorno da Carnaval, e o turismo a ele associado, poderá geral um IBC-Br, prévia do PIB de março, além da Pesquisa Mensal de Serviços da próxima volta. Vai ter gente dizendo que uma possível reavaliação da Taxa Selic vai ser pela pressão dos políticos mas as condições econômicas podem nos surpreender. Pacheco no “O Globo” de a senha das condições econômicas.
Temos dias pela frente para começarmos a ver algo diverso. Ainda tem o Carnaval pela frente a dar espaço para o que mais o Mundo pode ofertar a Lula e seu dom de encantador de serpentes.
O que chamou atenção esses dias, depois de tanto falarmos de democracia e crise humanitária dos Yanomamis, que não vão ser esquecidos - é que estamos falando a todo momento de política. Não estamos falando de quem lacrou quem nas redes sociais, quem foi o xingado do período, e qual o achincalhe e baixaria do momento a justificar razões e falta de razões.
Estamos falando de política, seus erros e acertos, sua postura moderna ou antiquada, se isso é adequado para hoje, se isso ou aquilo não ficou velho, se essa ou aquela forma de lidar é a correta. Isso, de fato, é significativo para vida pública nacional.
O Lula 3 pode ser um governo fraquinho, nada se assemelhando a seus melhores momentos, mas o fato de estamos falando de politica e não de quem tem a razão, que todos os outros estão errados, que todos os outros tem que se eliminados, já é uma grande coisa!
De fato, mas vamos cobrar, precisamos de muito mais que isso.
Por Genésio Araújo Jr. Jornalista
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