DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e mercado já conta que a queda da Selic não vai começar em janeiro
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(Brasília-DF, 19/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil o Mercado avalia, pelos dados do Relatório de Política Monetária divulgados ontem que o corte de juros não vai começa em janeiro.
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Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,5%), após os principais índices encerrarem em alta na sessão anterior, apoiados por dados de inflação abaixo do esperado. O S&P 500 interrompeu uma sequência de quatro quedas consecutivas, enquanto o Nasdaq avançou 1,4%, puxado pela recuperação de grandes nomes de tecnologia. O dado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar juros em 2026, apesar de alertas de economistas sobre possíveis distorções metodológicas no primeiro CPI divulgado após o shutdown do governo.
Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), com investidores avaliando uma bateria de decisões de política monetária. O Banco da Inglaterra foi o único a cortar juros, reduzindo a taxa em 25 pontos-base, enquanto o ECB, Norges Bank e Riksbank mantiveram suas taxas inalteradas. Ações do setor esportivo recuam após queda de 10% das ações da Nike no pós-mercado, pressionadas por fraqueza na China e impacto de tarifas, o que impactou papéis como Puma e Adidas.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +0,7%), acompanhando o movimento global após o alívio inflacionário nos EUA. Na Ásia, o Japão foi destaque após o Banco do Japão elevar a taxa básica para 0,75%, o maior nível desde 1995. O Nikkei 225 avançou 1,0%, enquanto os yields dos títulos japoneses subiram para máximas de décadas.
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou para 2,7% em novembro, menor nível desde julho e abaixo da previsão de 3,1%. A leitura, porém, foi impactada pela paralisação do governo dos Estados Unidos (shutdown), que pode ter introduzido viés de baixa no indicador. Ainda no cenário internacional, o Banco da Inglaterra cortou juros para 3,75%, o menor nível desde fevereiro de 2023. Na zona do euro, o banco central manteve as taxas, mantendo a cautela em relação a inflação. Enquanto isso, o Japão elevou os juros para 0,75%, maior nível desde 1995.
IBOVESPA 0,38% | 157.923 Pontos. CÂMBIO 0,01% | 5,52/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (18) em alta de 0,4%, aos 157.923 pontos, acompanhando o desempenho positivo dos mercados globais (S&P 500, +0,8%; Nasdaq, +1,5%), após a divulgação do CPI de novembro nos EUA, que veio abaixo das expectativas do mercado.
O destaque positivo do dia foi Brava (BRAV3, +6,2%), ainda reagindo a notícias sobre uma possível venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3). No entanto, a companhia negou a existência de negociações em andamento. Na ponta negativa, Direcional (DIRR3, -3,5%) recuou em meio a negociação ex-dividendos das ações da companhia após o anúncio de dividendos significativos.
Para o pregão desta sexta-feira (19), o principal destaque será a divulgação do PCE nos EUA, indicador favorito de inflação do Federal Reserve.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram quinta-feira com leve alta ao longo da curva, dando continuidade ao movimento observado nos últimos pregões em meio ao noticiário político local. No Brasil, a reprecificação refletiu sinais dovish do Banco Central sobre os próximos passos da política monetária, que tenderiam a pressionar os juros para baixo, mas esse efeito foi mais do que compensado pela maior aversão ao risco político e suas possíveis implicações para o processo eleitoral de 2026. O DI jan/26 fechou em 14,90% (+0,2 bps); DI jan/27 em 13,86% (+3,4 bps); DI jan/29 em 13,35% (+1,5 bps); e DI jan/31 em 13,64% (+0,4 bps). Nos Estados Unidos, a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) abaixo das expectativas reforçou o apetite por risco nas bolsas de Nova York, pressionando para baixo os juros das Treasuries. Com isso, os rendimentos de dois anos terminaram o dia em 3,46% (-3,22 bps), enquanto os de 10 anos recuaram para 4,12% (-2,33 bps).
IFIX
O IFIX encerrou a quinta-feira com alta de 0,28%, apesar da leve abertura da curva de juros, movimento influenciado pelo do cenário político que ainda permanece no radar dos investidores. No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram valorização média de 0,33%, enquanto os fundos de papel registraram alta de 0,31%.
Economia
No Brasil, o Banco Central divulgou seu Relatório de Política Monetária (RPM), reforçando a perspectiva de melhora da inflação, mas de forma insuficiente, e de um mercado de trabalho ainda apertado. Com isso, o ciclo de corte de juros não deve começar em janeiro.
Na agenda internacional, o destaque fica para a decisão de juros na China, que devem permanecer inalterados. No Brasil, temos a divulgação do Balanço de Pagamentos, que esperamos um déficit de US$ -4,3 bilhões na conta corrente, enquanto o Investimento Direto deve seguir robusto, com entrada de US$ 7,8 bilhões. Na seara fiscal, será votado o projeto do Orçamento para o ano que vem.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)