31 de julho de 2025
OPINIÃO

As mulheres e o 7 de Setembro!

As mulheres decisivas de ontem, e de hoje!

Publicado em
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(Brasília-DF) Chegamos na semana do 7 de Setembro! Mas não é um Dia da Independência como outro qualquer, desses que a mediana dos brasileiros e brasileiras viam, tão-somente, como mais um feriado ou feriadão!   É 7 de Setembro do bicentenário do chamado Grito do Ipiranga!  

A imprensa, tão mal falada pela direita e a esquerda, tem revelado em textos e principalmente em programas nas TV’s, audivisiuais como um todo, momentos nacionais que antecederam a decisão que, oficialmente, nos separou do Reino de Portugal com a criação do Primeiro Império.

Interessante, num momento em que a decisão das mulheres é vista como fundamental para o futuro eleitoral do Brasil, seja revelado que a Imperatriz Maria Leopoldina foi mais que preciosa no processo.   Ela, que estava no poder na Corte, pois Dom Pedro assim quis, ao ser informada pela Corte Portuguesa exigia o retorno imediato de D. Pedro para a metrópole, além de tudo revogava de uma série de medidas em vigência no Brasil - sob influência de José Bonifácio de Andrada, um homem das Minas Gerais (sempre elas), tomou a decisão de assinar um decreto que fazia o Brasil independente de Portugal.

Leopoldina, sábia que era, enviou uma carta para Dom Pedro que estava em São Paulo solucionando uma rebelião, qual, ao tomar conhecimento de tudo, oficializou(?!) a Independência no 7 de Setembro; conta a lenda, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, com grito e tudo mais!

O 7 de Setembro, aqui dos dias de hoje, ficou impactado pelo que se viu em setembro de 2021, quando o choque entre os poderes foi personalizado de forma extremamente perigosa. Neste 7 de Setembro se sente a falta que o Governo do Brasil tenha transformado a data num evento para todos. É evidente que, em boa parte, será voltado para funcionar como ato de apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O presidente vem ressaltando isso, seu público assim está instrumentalizado. Se espera, com razão, que não veremos o que chocou os mais equilibrados no último 7 de Setembro. Apesar dos reclamos mais pontuais, Bolsonaro já viu que já passou a fase da xingação a ministros. Isso não vai lhe dar mais votos.

Voltando às mulheres e a Independência. Se diz que a campanha presidencial, não deverá conceder mais dar espaços às mulheres, como Simone Tebet e Soraya Thronicke como vimos nas sabatinas e debates.  Especula-se que elas e a própria terceira via, que Ciro Gomes detesta assumir que também é, chegaram no topo e deverá sofre com a lei da gravidade! Vamos ver. Agora, é certo que as mulheres, os pobres e os nordestinos são vistos como o tripé que poderá mudar as eleições. Interessante é que as mulheres permeiam as variantes.

Muito se diz que as mulheres foram as que mais sofreram na pandemia, foram as que ficaram mais doentes, as que perderam mais postos de emprego, foram as que mais se reinventaram com o empreendedorismo, foram as que mais sofreram com as violências no lar, foram as que mais receberam auxílios, sejam o emergencial ou o agora Auxílio Brasil e o próprio auxílio gás.

Enfim, as mulheres, justo na semana do 7 de Setembro!   A maioria dos brasileiros são brasileiras, parece que elas não sabem que tal qual Leopoldina, que foi traída por uma marido mulherengo e morreu cedo demais, vão ser decisivas para o país que busca nesse Bicentenário da Independência outros caminhos como a busca de um novo crescimento e desenvolvimento e colocação no chamado concerto das nações.

As mulheres decisivas de ontem, e de hoje!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista’

 

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