31 de julho de 2025
ECONOMIA

BC informa que balança comercial de bens foi positiva, mas houve déficit na conta de serviços em novembro; investimentos diretos no país somaram ingressos líquidos de US$9,8 bilhões em novembro de 2025

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Por Política Real com assessoria
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Transações externas, informa BC Foto: site do BC

(Brasília-DF, 19/12/2025) Na manhã desta sexta-feira, 19, foi divulgada pelo Banco Central divulgou as Estatísticas do Setor Externo com os dados atualizados até novembro de 2025.

As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$4,9 bilhões em novembro de 2025, ante déficit de US$4,4 bilhões em novembro de 2024.

Nessa comparação, o saldo da balança comercial de bens diminuiu US$924 milhões e o déficit em renda primária aumentou em US$373 milhões, enquanto o déficit serviços declinou US$597 milhões e o superávit em renda secundária cresceu US$176 milhões. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em novembro de 2025 somou US$77,7 bilhões (3,47% do PIB), ante US$77,2 bilhões (3,49% do PIB) em outubro e US$61,5 bilhões (2,78% do PIB) em novembro de 2024.

A balança comercial de bens foi superavitária em US$5,1 bilhões em novembro de 2025, ante superávit de US$6,0 bilhões em novembro de 2024. As exportações de bens somaram US$28,7 bilhões, aumento de 2,3%. As importações de bens cresceram 7,1%, totalizando US$23,6 bilhões nesse mês.

O déficit na conta de serviços totalizou US$4,5 bilhões em novembro de 2025, patamar 11,8% inferior ao registrado em novembro de 2024 (US$5,1 bilhões). As despesas líquidas de transportes diminuíram 28,1%, para US$1,1 bilhão.  As despesas líquidas com viagens internacionais somaram US$1,2 bilhão, 20,7% acima do registrado em novembro de 2024, resultado de incremento de 9,3% nas despesas (US$1,8 bilhão) e diminuição de 9,0% nas receitas (US$560 milhões). As despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual aumentaram 49,1%, e somaram US$976 milhões.

O déficit em renda primária somou US$6,2 bilhões em novembro de 2025, 6,4% acima do déficit de US$5,8 bilhões de novembro de 2024. As despesas líquidas com juros somaram US$1,4 bilhão, 13,4% inferiores às registradas em novembro de 2024, US$1,6 bilhão. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$4,8 bilhões, ante US$4,3 bilhões em novembro de 2024. Houve elevações de US$759 milhões nas receitas, para US$2,5 bilhões, e de US$1,3 bilhão nas despesas, para US$7,3 bilhões.

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$9,8 bilhões em novembro de 2025, ante US$5,7 bilhões ocorridos em novembro de 2024. Os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$7,3 bilhões, compreendendo US$3,5 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos, e US$3,9 bilhões em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia somaram ingressos líquidos de US$2,5 bilhões. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$84,3 bilhões (3,76% do PIB) no mês, ante US$80,2 bilhões (3,62% do PIB) em outubro e US$71,9 bilhões (3,25% do PIB) em novembro de 2024.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$2,7 bilhões em novembro de 2025, resultado de saídas líquidas de US$959 milhões em ações e fundos de investimento, e de US$1,8 bilhão em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em novembro de 2025, os investimentos em carteira registraram saídas líquidas de US$1,0 bilhão.

Reservas internacionais

As reservas internacionais somaram US$360,6 bilhões em novembro de 2025, aumento de US$3,5 bilhões em relação ao mês anterior. Dentre os fatores que contribuíram para esse aumento, destacaram-se:  as variações por paridades, US$1,3 bilhão; o retorno líquido de linhas com recompra, US$1,0 bilhão; e as receitas de juros, US$784 milhões.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)