Preparem-se!
Tem mais mulheres em nossa avaliação de hoje
(Brasília-DF) Terminamos a segunda semana de campanha, oficialmente, na disputa das eleições deste ano.
Uma eleição com três mulheres pedindo voto para presidência da República. A pernambucana Vera Lúcia, do PSTU, e as pantaneiras Simone Tebet e Soraya Thronicke. Existem muitas mulheres pedindo votos por aí, mas só uma governadora na busca da reeleição, Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte( lá teve a primeira deputada federal eleita) que deverá ser reeleita, apontam as mais diversas pesquisas.
Em 2018, mesmo com a vitória na disputa presidencial de um candidato não muito simpático a teses femininas, foram eleitas 75 mulheres para Câmara dos Deputados. Com a mudança da legislação obrigando a destinação de 30% de recursos do fundo eleitoral para mulheres, corremos o risco de ver essa média de eleitas confirmada.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral(TSE), ministro Alexandre de Moraes, já avisou no seu primeiro dia de plenário na Corte que quem fraudasse a presença das mulheres no processo eleitoral deste ano seria punido, teria toda a chapa impugnada.
Tem mais mulheres em nossa avaliação de hoje. Nesta semana, a ministra Maria Thereza de Assis Moura assumiu a presidência do Superior Tribunal de Justiça(STJ), que toma de conta da Justiça Federal do nosso país, a segunda mais importante de nosso arcabouço judicante nacional.
No dia 12 de setembro, assume a ministra Rosa Weber na presidência do Supremo Tribunal Federal(STF).
A paulista e a gaúcha, respectivamente, vão estar à frente da nossa Justiça até 2024. Seja qual for o novo presidente da República eleito ou eleita em outubro vai ter que lidar com essas duas senhoras e com um possível parlamento cheio de mulheres.
Falar das mulheres na política cai bem, é civilizado, mas o que vem com isso é muito mais que ser civilizado é pós-moderno.
As mulheres quando caminham com o poder mais que representarem elas próprias, elas carregam nas costas, ou no vácuo de sua pressa, todas as “minorias”. Se as mulheres não são minoria em número são em representação.
Elas trazem junto, pois dão confiança, e são naturalmente solidárias, com diversas minorias, como as étnicas, sexuais e motoras. A chamada sopa de letrinhas, LGBTQUI+, que estranham há muitos, que fingem não vê-los, se unem ao fortalecimento feminino. As lideranças conservadoras tem algumas objeções em nome de uma família tradicional, binária, mas são naturalmente solidárias ao fruto das relações dessa turma.
As mulheres com poder, sejam conservadoras ou progressistas, gostem ou não, levam adiantes pautas que nem elas imaginavam que seriam condutoras.
A economia não tem preconceito se o dinheiro é feminino, masculino, negro, cultural, não-binário, estrangeiro ou de gente especial. As mulheres no poder neste início do segundo quarto da década são o tempero de um tempo em que a nova ordem mundial está sendo montada a olhos vistos, apesar de não sabermos onde vai dar.
Em meio a brigalhada para saber quem vai levar a melhor no debate e no embate tem mais coisas acontecendo. Preparem-se.
Por Genésio Araújo Jr.
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