Acredite!
Não vemos os principais concorrentes na disputa presidencial e nem nos Estados, ressalte-se, falando de algo diferente
(Brasília-DF) Pronto! Terminamos o tempo das convenções partidárias. Dia 15 é o prazo limite para algumas mudanças, que devem ser mínimas. É verdade, alguém ainda pode desistir, mas aqui pra nós, está na hora de se dizer alguma coisa a mais para os ilustrados e a patuléia!
Se já sabemos quem é quem no jogo do bicho, com algum atraso, precisamos dizer o que se espera de um novo governo. Dízer só que é época de mudança, que não vai ter corrupção, que não vai ter grossura, que não vai tem isso e que vai ter aquilo não basta!
É verdade, também, que estamos vivendo um tempo tão difícil que só em dizer que vai ter um prato de comida, certo, para todos, a partir de 1º de janeiro de 2023 já parece uma benção. Porém, meu caro, minha cara, é uma eleição geral, presidencial que nos remete ao engrenar da segunda década do novo século, que vai desembocar no 2.030, já-já!.
Dentro de um mês vamos celebrar, podemos ou não, o chamado bicentenário da Independência da maior economia da América Latina, uma das 20 economias do Planeta, um país amado pela maioria do planeta por uma força cultural perpétua e, não só única, mas especial, pois sempre foi visto como o país do futuro e da felicidade.
Não dá para enfrentar uma das eleições mais impactantes de nossa história, depois de uma pandemia e de um novo pacto mundial que se monta, sem apresentar nada novo.
Eis o problema! Não vemos os principais concorrentes na disputa presidencial e nem nos Estados, ressalte-se, falando de algo diferente que se ajuste a esse estranho “novo” que bate à nossa porta!
Todo mundo está no jogo da sobrevivência. Parece que todos combinaram de falar sobre o mínimo necessário do que é importante, martelar as coisas ruins dos adversários e nada mais. Todo mundo, que não pensa com o fígado, sabe muito bem que se Bolsonaro fosse magnânimo e largo não se falava no retorno de Lula, todo mundo sabe que se Lula não tivesse que explicar tanto a ruindade de Bolsonaro não teria tanto fôlego. Os outros com virtudes que a maioria ainda não conseguiu ver, nem os defeitos, se diga, também não vêm dizendo grandes coisas que mereçam nossos ouvidos moucos.
O negócio está tão pobre nessa corrida eleitoral que não aparece nem gente defendendo educação-para-todos, algo fácil num discurso de engrandecimento social. Se sabe que tem gente que defende a federalização da Educação com base no êxito que foi o SUS durante a pandemia, mas em meio a fome extrema esse assunto não se ressalta.
No dia 16 de agosto começa a campanha na rádio e TV, oficialmente. Se sabe que tivemos a maior pré-campanha eleitoral desde o queremismo em 1950. Não há porque os candidatos, agora, não dizerem o que tem para o Brasil de mais ali!
O único que lançou um documento com um plano de governo foi Ciro Gomes, mas que muitos ainda não sabem bem, ou que vem como uma retomada de mais Estado na economia.
Até o dia 11 de agosto se vai falar muito da dinheirama do Governo Federal chegando nas casas mais humildes e um pouco depois se falando de um pacto nacional pela democracia e o Estado de Direito. Passado isso, que, de fato, não se encerrará fácil, temos que ouvir mais.
O que se percebe é que não há um consenso nacional sobre o que quer que seja. Parece, infelizmente, que não há unidade se o céu está azul profundo ou azul turquesa ou azul anil!
Chegaremos ao bicentenário da Independência numa situação dessas! Acredite!
Por Genésio Araújo Jr.
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