A esperança é a última que morre!
Já sabe aí fora que o Mundo vai viver, de agora em diante, uma nova ordem mundial
(Brasília-DF) Esse mês de abril está cheio de motivos para ficarmos de olho nele.
Iniciou-se com a expectativa de que começaríamos a ver um inflação chegando no limite e o presidente Jair Bolsonaro(PL) podendo dizer que o seu fundo do poço tinha chegado e que a tendência seria melhorar, até porque, historicamente, os chefes de governo melhoram nas pesquisas faltando seis meses para o pleito nacional.
É verdade que vimos a pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva errar mais que acertar, mas nada é do jeito que parece. Vamos ter um mês mais curto com dois feriadões em seu meio, a Páscoa e Dia da Inconfidência Mineiro, ou dia de Tiradentes, e aniversário de Brasília. Mês mais curto, menos giro, menos horas trabalhadas. É verdade que o imposto inflacionário está fazendo a União arrecadar mais trabalhando menos.
Se fala abertamente que a polarização, e os erros da turma que busca ser uma alternativa, vem atrapalhando muito a necessidade que o País tem que discutir qual o caminho que tem que seguir adiante frente ao novo desenvolvimento que precisamos. Já sabe aí fora que o Mundo vai viver, de agora em diante, uma nova ordem mundial.
A pandemia e a invasão da Rússia na Ucrânia mexem com o futuro da globalização. Os mercados livres, o sonho de que seria possível para todos o crescimento econômico e o desenvolvimento não existem mais. Existia a ilusão que até a África iria ganhar com isso. Tanto os Estados Unidos como a China não vão querer ficar mais dependentes uns dos outros.
Apesar do que se diz de um e do outro, a China é quem tem mais títulos da dívida pública dos Estados Unidos e os norte-americanos tem das suas empresas mais valiosas produzindo em território chinês. De quebra, a Europa disse que até o final do ano quer uma solução para deixar de depender do gás russo. Ninguém quer mais depender de ninguém na nova ordem mundial. Isso pode!? Parece evidente que não. A retórica da nova ordem mundial e tão fajuta como foi a alusão de que o fim da então guerra fria iria nos conduzir a felicidade eterna.
E no Brasil?! Ninguém fala disso. Só se fala do PT não voltar e do Bolsonaro ser um risco nacional. A senadora Simone Tebet(MDB-RS) que vai acabar tendo direito a ser a candidata do seu partido à Presidência da República, apesar da luta dos emedebistas lulistas do Norte e Nordeste em sentido contrário, disse que sociedade brasileira precisa de paz para voltar a crescer.
A fala da senadora do Pantanal, que foi a primeira em muita coisa em seu Estado, depois a primeira líder do MDB no Senado, a primeira líder da bancada feminina, a primeira presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a primeira pré-candidata à presidência do partido que tem mais prefeitos e prefeitas - também destaca que vem a ser as mulheres as que mais rejeitam tanto o presidente Jair Bolsonaro como o ex-presidente Lula.
A terceira via que busca uma união também peca, até justificadamente, por não apresentar suas ideias para o Brasil que precisamos. No Mundo do poder se diz que ninguém vai dar bola, agora, para aqueles que tem propostas para esse novo mundo que nos exige e nos deixa cheio de dúvidas. O brasileiro comum luta loucamente para sobreviver como há tempos não se via. Antes, a pandemia impedia o trabalho normal agora os problemas são outros.
São por essas e outras que ainda tem gente que acredita que existe alternativa entre Lula e Bolsonaro. A esperança é a última que morre!
Por Genésio Araújo Jr, é jornalista
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