31 de julho de 2025
OPINIÃO

A guerra pelos jovens!

Os muito jovens sentem, sim, os maus momentos de hoje

Publicado em
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(Brasília-DF) Desde quando a globalização pegou no breu, que todos os analistas sobre eleições no Mundo dizem: a saúde da economia de um país é quem define as eleições democráticas.

Nos tempos de polarização, em que as pessoas não decidem só com o bolso e a barriga , mas com o ódio, e não o amo, temos que ficar atentos ao que e faz por aí em nosso Brasil.

Neste final de semana começou a batalha pelos jovens. O festival pop Lollapalooza, em sua edição no Brasil, que esteve paralisado por dois anos durante a pandemia e que vem a ser a maior franquia de eventos deste tipo no Mundo – foi marcado em seu início pela manifestação de artistas nacionais contra o Governo Bolsonaro e alguns defendendo abertamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Partido Liberal(PL), do presidente Jair Bolsonaro, foi ao TSE  reclamando de propaganda irregular. Não se sabe se foi uma ação para funcionar como antídoto ao lançamento da pré-candidatura do Presidente Bolsonaro a sua reeleição ao Planalto neste domingo, 27. Bolsonaro disse, em sua fala, que os jovens não conhecem o passado ,mas que devem ouvir seus pais e avós para falar como era o Brasil antes.

Lula deixou a presidência em 2010 com o Brasil crescendo 7,5%. Quem nasceu no início do primeiro ano do mandato de Lula, em 2003, tem hoje 18. Quem está completado 16 anos neste ano, e poderá votar, nasceu em 2006 e no último ano de Dilma Rousseff, quando o Brasil enfrentou um default de – 7,01%, tinha 10 anos. Enfim, os jovens eleitores não sentiram na pele os bons momentos e nem os maus momentos dos Governo do PT.

Os muito jovens sentem, sim, os maus momentos de hoje. Viram a mortes da pandemia, os pais perdendo posições no mercado, a educação ficando pior, muita tristeza e um governo que tinha muitas dificuldades de se comunicar com eles. O Governo Bolsonaro teve interditada sua comunicação com os jovens pois abertamente escolheu a cultura, que afeta muito os jovens, como uma vilã nacional.

Todas as pesquisas mostram que Bolsonaro está atrás nas pesquisas eleitorais, mas sua posição menos crítica entre os homens, os mais velhos, os de maior renda e da região Sul, notadamente. Bolsonaro tem sua maior rejeição entre as mulheres e entre os jovens.

Bolsonaro já teve dificuldades com o eleitorado feminino na eleição de 2018, mas venceu. Agora, temos uma eleição de reeleição. Ele continua mal com as mulheres, muito por conta da pandemia, apesar de ter distribuído um auxílio emergencial “gigante” para as mães chefes de família solitárias.

Os jovens não são movidos por pautas sólidas do bolsonarismo, como o ultra conservadorimo e o antipetismo. Os jovens gostam de oportunidades, os jovens pouco ligam para questões de gênero, eles são menos preconceituosos, são anti-armamentistas, são contra interdições culturais. Os jovens se movem em grupos e a ideia-central que existe entre seus mais próximos fala mais alto, não raro, até que possíveis conselhos que venham dos mais velhos.

As redes sociais, e até o Telegram poderá entrar nessa, tem um compromisso com a Justiça Eleitoral de combater a desinformação. De quebra, nesta semana Lula ganhou ação de calúnia e difamação e quem acusa-lo de chefe de organização criminosa poderá ser processado, também. A própria propaganda eleitoral não poderá fazê-lo.

Os muitos jovens precisam ter informações para decidir, se desejam ficar com o que tem nas mãos ou com o que se viu no passado. Eu não queria ser muito jovem para decidir nas eleições de 2022!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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