Mapas e calendário!
Um mês cheio de história, com eventos que vão marcar não só o ano de 2022, mas vários outros anos que teremos pela frente
(Brasília-DF) Chegamos a março, o último mês do primeiro trimestre do ano. O germinal, no calendário da Revolução Francesa - final do inverno e início da primavera no Hemisfério Norte. O fim do verão que traz as chuvas no Hemisfério Sul. É um mês clássico na história, foram nos idos de março de Brutus apunhalou seu pai adotivo Caio Julius César no mármore carrara do Senado Romano, aquele que pôs fim a República e criou o Império Romano.
Na economia do Século 21 é o mais difícil trimestre do ano. Tempo de ajustes orçamentários, período em que a inflação dá um natural galope, seja em tempo pandêmicos ou não. Em ano eleitoral, no Brasil, não poderia ser mais especial, ainda. De quebra surge essa guerra imprevista, aqui para nós(não para eles, certamente)!
A guerra, fruto da invasão da Rússia sobre a Ucrânia, deverá confirmar a ocupação russa sobre seu vizinho ao longo do mês. Isso se dá quando já se sabe que no dia 15/16 o Banco Central dos EUA(FED) vai anunciar um aumento de juros, coisa que não se via desde 2015. Durante todo o mês de março, os políticos com mandato eletivo vão poder mudar de partido sem correr risco de perda de mandato. Isso só vai se findar no dia 1º de abril, o Dia da Mentira. Um Dia da Verdade para muito do que teremos pela frente.
Um mês cheio de história, com eventos que vão marcar não só o ano de 2022, mas vários outros anos que teremos pela frente. Isso não é exagero, não!
Aqui, em nossas bandas, se esperava um final de trimestre muito difícil para o Governo Federal e o presidente da República. Não está fácil, mas a invasão russa à Ucrânia fará as commodities avançarem seus preços o que trará, naturalmente, mais divisas para o Banco Central, talvez um pouco mais de emprego. Não podemos esquecer que a pandemia perde sua força, é o que se diz entre os especialistas. Na esfera pré-eleitoral, Bolsonaro deixou de cair nas pesquisas(avançou, destaque-se) muito mais pelos erros de Lula e da terceira via do que por seu méritos. O trimestre ainda tem mais de três semanas pela frente, mas Bolsonaro poderia estar pior.
Neste mês deveremos ver o anúncio, oficialização, da pré-candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva com, muito provavelmente, a definição partidária do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, talvez, até , um novo encontro público do petista e do ex-tucano, gerando uma fato político de caráter catalizador e centrípeto em plena janela partidária.
A segunda metade do mês promete ser de muitas emoções, aqui, ali e acolá! Será um tempo primordial para os grupos de buscam clareza de propostas alternativas para o futuro de nosso país. É importante que fique claro que não estamos vendo muita clareza quanto a isso. O que Brasil precisa buscar para ficar em pé, em condições de voltar a crescer e desenvolver frente a esse novo mundo que está em vias de se estabelecer? É verdade, que nem no Hemisfério Norte, onde estão os personagens principais dessa película planetária, se tem um rumo, mas aqui alguém tem que gritar algo que nos anime!
Está mais que evidente que temos que ter um Estado minimamente estruturado para junto com a sociedade traçarmos um caminho, que todos, é verdade, tem mais dúvidas que certezas!
Assusta o fato de que nem os que lideram as pesquisas de opinião, nem os que buscam algum protagonismo, afirmando que o Brasil precisa de alternativas – nos tem apresentado algo relevante e provocador para nosso país.
O mês de março, martius, germinal, seja como você quiser chamar, neste 2022, poderá ser decisivo para muito mais que teremos pela frente. Napoleão dizia que os mapas são fundamentais para um bom guerreiro; o calendário, também, mas para os bons governantes!
Por Genésio Araújo Jr.
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