31 de julho de 2025
Brasil e Economia

CUSTO DE VIDA: Cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas em setembro, aponta DIEESE; a menor taxa foi em Natal e a maior em Florianópolis

Veja os números

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( Publicada originalmente às 17h 30 do dia 06/10/2020) 

(Brasília-DF, 07/10/2020 ) Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo DIEESE, indicaram que, em setembro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/38) durante um mês, aumentaram em todas 17 as capitais pesquisadas.  Os avanços variam entre 0,68% em Natal e 9,80% em Florianópolis.

As maiores altas foram observadas em Florianópolis (9,80%), Salvador (9,70%) e Aracaju (7,13%).

Como tem sido e foi

O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), devido a pandemia do novo coronavirus - suspendeu, em 18 de março, a coleta presencial de preços da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Com isso, a entidade realiza uma tomada especial de preços à distância para verificar o custo da cesta nas capitais onde o levantamento é realizado.

Nesse mês de setembro, a pesquisa foi realizada presencialmente nas cidades de São Paulo e de Belém, com menor número de pesquisadores e em horários em que os estabelecimentos comerciais estavam mais vazios. As feiras livres, que fazem parte da pesquisa regular, não estão sendo pesquisadas em nenhuma cidade.

Maior cidade do país

Em São Paulo, a cesta custou R$ 563,35, com elevação de 4,33% na comparação com agosto. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Florianópolis (R$ 582,40), o DIEESE estima que o Salário Mínimo Necessário deveria ter sido equivalente a R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em agosto, o valor foi estimado em R$ 4.536,12 ou 4,34 vezes o piso vigente.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em setembro, foi de 104 horas e 14 minutos, maior do que em agosto, quando ficou em 99 horas e 24 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, na média, 51,22% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 48,85%.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)