31 de julho de 2025
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União Progressistas aprovam estatuto em dia de criticas a Lula e ao PT, mas não definiram se vão expulsar membros que atuam no governo Federal; Ronaldo Caiado, em fala enfática, disse que o partido tem que ter lado

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Por Politica Real com assessoria
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(Brasília-DF, 19/08/2025) O Progressistas e o União aprovaram em 10 segundos o estatuto de criação da federação União Progressistas.  A reunião dos dois partidos foi realizada na tarde desta terça-feira, 19, no local Teatro Planalto do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na Capital Federal. O senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) foi quem colocou em votação a aprovação do estatuto comum.

O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que é o presidente da Federação, estava do lado de Nogueira.

Estavam na mesa principal, que recebeu diversos nomes dos dois partidos, inicialmente com Nogueira e Rueda assim como o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) e o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

O primeiro a falar foi o senador Davi Alcolumbre que defendeu responsabilidade da Federação, enalteceu a formação da federação, mas logo em seguida deixou o evento, que foi marcado por diversos discursos em que os membros faziam criticas ao Governo Federal e ao Progressistas.

Foram convidados alguns membros de outros partidos como o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, que pediu palmas para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que “não pode se expressar”.  Antes, o ex-governador, ex-ministro e ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes, que está de saída do PDT e poderá ir par ao PSDB ou até para o União Brasil, enalteceu a criação da Federação por buscar uma alternativa a polarização de segundo ele prejudica o país.

O governador Ronaldo Caiado(União), do Goiás, o primeiro a se lançar oficialmente pré-candidato fez duro ataque ao Governo Federal e ao presidente Lula.  Ele defendeu que o partido tenha que ter lado.

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, convidado ao evento falou aos membros dos dois partidos e disse que todos estarão juntos em busca de uma alternativa ao país.

O último a discursar foi o presidente do União, Antônio Rueda, mas foi o senador Ciro Nogueira que fez o discurso mais duro ao dizer que o PT é um partido que está no túnel do tempo, mas nunca foi para o futuro.  Ministros do União, Celso Sabino (União-PA), do Turismo, e André Fufuca (Progressistas-MA) estiveram presentes ao evento e ficaram calados todo momento ouvindo as criticas ao Governo, a Lula, e ao PT.

Na entrevista coletiva, ao final do evento, tanto Rueda como Nogueira defenderam que os membros do partidos que estão no governo saiam o quanto antes do Governo, mas não afirmaram que iriam expulsar ninguém nem definiram data para que eles saiam do Lula 3.

Veja a íntegra da entrevista coletiva:

Jornalistas: Presidente, tem alguma definição sobre o desembarque do governo?

Ciro Nogueira:  Eu acho que é chegado o momento agora de todas as lideranças do partido discutirem isso. Eu defendo que não adianta só para nós construirmos um grande projeto de país, nós definimos em quem nós não vamos votar. Nós não vamos votar no Lula.

Mas chegou o momento de todos os partidos, dessas lideranças que aqui estão, de definirmos um projeto viável que possa levar esse quadro partidário, que é o maior do país, para uma bela vitória no próximo ano, que possa recuperar a autoestima do brasileiro, o desejo de crescer e sairmos desse processo que tem levado o nosso país ao atraso. E pode ter certeza que, se depender do presidente Rueda, pelo que ele tem me dito, e dos progressistas, nós iremos desembarcar deste governo o mais rapidamente possível.

Jornalista:  O mais rapidamente possível é quando?

Isso não é uma definição só minha de Rueda, tem que ser uma definição da bancada, do nosso diretório, mas pode ter certeza que não vai demorar que isso aconteça.

Jornalista:  Mas é muito grande a divisão, afinal a bancada é muito grande também, né?

Ciro Nogueira:  Talvez tenha aí 5% querendo ficar.

Jornalista: É isso mesmo, presidente?

Antônio Rueda: Eu acho que, como o Ciro conversou aqui agora e falou, o próximo passo é as duas agremiações chamarem as suas convenções e suas comissões executivas para tratar desse tema. Eu acho que o quanto antes a gente tratar, mais simples a gente vai tocar essa federação.

Jornalista:  Mas o senhor defende a definição da questão, ou seja, quem realmente votar com o governo pode ser expulso da federação?

Antônio Rueda:  Eu acho que esse tema, todas as duas comissões com muita responsabilidade vão deliberar e eu imagino que essa deliberação ela seja no sentido de afastar do governo.

Ciro Nogueira:  Verdade, o Progressista União tem uma característica que não é questão de expulsar, nós trabalhamos com convencimento. Nós não temos porque nos manter próximos a esse governo, é um governo que nós não acreditamos, é um governo que tem feito muito mal ao nosso país.

E nós vamos utilizar esse poder de convencimento, pode ter certeza, tanto o progressista quanto a União Brasil, são partidos que sempre votam unidos. Então, nas votações, uma coisa que é mais do que clara para todos nós, nós não iremos mais permitir aumento de impostos no nosso país. Mas todas as vezes que o governo apresentar boas propostas, que sejam boas para o Brasil, para a população brasileira, nós não temos dificuldade nem preconceito de apoiar.

Agora, o que nos constrange hoje é a presença de membros do nosso partido com cargos no governo. Isso eu defendo, que isso seja proibido terminantemente, mas isso tem que ser uma deliberação dos dois partidos.

.......Eu sempre defendi a candidatura do presidente Bolsonaro, mas isso é uma defesa do senador Ciro Nogueira.

O presidente hoje está inelegível, nós temos que buscar uma alternativa, buscar, eu mesmo tenho um projeto para anistiar e devolver os direitos políticos, mas nós não estamos conseguindo que isso seja votado e seja aprovado no Congresso Nacional.

Se isso não acontecer, eu defendo que o mais rapidamente possível nós possamos definir um quadro que possa nos levar à vitória. Porque se essas pessoas que estiveram aqui hoje, com mais outros membros, que Ratinho que está chegando à noite, nós vamos fazer uma grande reunião com a maioria dos governadores do nosso país.

Se essas pessoas estiverem juntas na próxima eleição, se elas tivessem já apoiado o Bolsonaro, o Bolsonaro já teria ganho a última eleição. E se elas estiverem juntas na próxima eleição, nós iremos ganhar as eleições com toda certeza no primeiro turno.

Jornalista:  Presidente, só mais uma pergunta.

O senhor disse que é uma vergonha ter ainda um ministro na esplanada do PP. Como é que está esse trabalho de convencimento para não ter mais, para que o Fufuka saia?

Ciro Nogueira:  Hoje ele não quis responder... Eu não falei vergonha, eu disse que é um constrangimento para o nosso partido. Se dependesse de mim, o Fufuka não teria nem entrado.

Jornalista:  Vergonha e constrangimento é um sinônimo.

Ciro. Nogueira:  Para mim é um constrangimento. Tá bom?

 

(da redação com informações de assessoria com IA. Edição: Política Real)