ESPECIAL DE FIM DE SEMANA – “Igualdade pra valer, as mulheres no poder”, essa é uma das bandeiras, que virou palavra de ordem em convenção do PMDB Mulher
Presidenta do PMDB Mulher da Paraíba, Nilda Gondim, afirmou que a Convenção do PMDB Mulher é uma renovação da esperança para elevar o número de parlamentares num eleitorado de 52% de eleitoras
(Brasília-DF, 11/03/2016) A Convenção do PMDB Mulher, realizada na sexta-feira, 11, aposta no crescimento da participação da mulher em cargos políticos em meio à bandeiras como o combate à violência contra as mulheres, igualdade de direitos, inclusive nos partidos políticos. As dificuldades dentro dos partidos continuam, ainda, hoje, impedindo o crescimento da mulher na vida política.
A presidenta do PMDB Mulher da Paraíba, Nilda Gondim, entende que com 52% do eleitorado feminino é preciso maior participação no espectro político.
Nilda Gondim acredita que muitas mulheres sonham com o dia em que a representatividade feminina na Câmara dos Deputados, por exemplo, será maior do que os cerca de 10%, dos 513 parlamentares. Ela lembrou que 52% do total do eleitorado é femino.
“É pouca a quantidade de mulheres para defender, no Parlamento, políticas sociais e direitos das mulheres, no combate à violência contra a mulher e a desigualdade profissional”, ressaltou Nilda Gondim se referindo à disparidade salarial entre homens e mulheres.
Obrigação
A peemedebista paraibana acha que é “obrigação”, buscar todas as condições para inserir a mulher no contexto político. Para tanto, é preciso que a mulher, como agente política, incentive, motive a jovem ou adolescente, mesmo, que “estiver interessada em entrar na via política” .
Mas, Nilda Gondim reconhece que na maior parte do caminho a jovem mulher tem que suplantar diversos obstáculos. “Há discriminação em todos os partidos. Até no PMDB para mulher desenvolver sua atuação política”, enfatizou ela.
“Dentro de casa”
Segundo a experiente ex-deputada, a luta das mulheres enfrenta dificuldades que já começam em casa. São os pais que ficam apreensivos em ter uma jovem militante embaixo do mesmo teto. Ela acrescenta que a luta também contra a discriminação inicia primeiro “dentro de casa”, depois, “fora de casa” e mais tarde “dentro do partido”.
Nilda Gondim costuma dizer que a mulher dentro do partido esbarra em fortes desafios. Entre eles, a ex-deputada elenca a falta de recursos, a falta de estrutura política e o machismo. “Intimidam e faz a jovem mulher ou mais experiente se sentir insegura e, então ela recua”, justifica a peemedebista porque as mulheres acabam ficando desestimuladas com os partidos.
Chega de crise
Em relação ao papel do PMDB no cenário político atual, Nilda Gondim crê que a legenda já contribuiu com “parcela considerável” de colaboração com o PT, e “esse por último”. “Chegou a hora de o PMDB ser protagonista nas eleições de 2018. Ninguém aguenta mais as crises política, moral e ética”, frisou Nilda Gondim.
“No momento, há uma divisão de opiniões ainda há quem esteja em dúvida se seria mais interessante o impeachment agora, ou trabalhar para o Brasil sair da crise”, frisou.
Perfil de política
Nilda Gondim é filha do ex-governador da Paraíba, Pedro Moreno Gondim. Casou-se ainda muito jovem com o jurista e ex-deputado federal, Vital do Rêgo, com quem conviveu durante muitos anos de sua vida e teve três filhos: o ex-senador Vital do Rêgo Filho e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU); o ex-prefeito de Campina Grande, na Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo e a médica Rachel Gondim.
A militante paraibana filiou-se ao PMDB em 2009 e nas eleições estaduais no ano seguinte iniciou sua carreira candidatando-se a deputada federal pela Paraíba, sendo eleita com 79.412 votos. Hoje é primeira suplente da Paraíba.
A vida difícil das mulheres dentro das agremiações políticas, pelo menos quanto à questão de recursos poderia ser amenizada. Haja vista que de acordo com a Legislação Eleitoral, 5% do dinheiro oriundo do Fundo Partidário deve ser reservado às mulheres.
(Por Maurício Nogueira, para Agência Política Real. Edição: Maurício Nogueira)