31 de julho de 2025

Traições e pecados na República tupiniquim

Governos perdulários faz crescer a crise

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O Planalto não descansou no final de semana. Acuado pela crise política e econômica, o governo central busca caminhos para desatar nós. Boa parte das dificuldades cresceu  no núcleo de decisão e alimentadas pelos aliados de primeira hora.

Na reunião de domingo, pouca coisa avançou. De concreto haverá novas reuniões, desta vez com dirigentes e lideranças partidárias ao longo dessa semana.

Dilma não acena com sugestões mais ambiciosas, enquanto o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, tece estratégias para descolar a sua imagem da presidente.

Ricardo Boechat, no seu comentário desta segunda-feira na Rádio Bandeirantes, tem razão ao afirmar que Michel foi carne e unha com Dilma desde o primeiro mandato. E nunca levantou uma questão para os desmandos e descaminhos governamentais. Algo diferente, portanto a esta altura do campeonato, soaria como traição.

Na área econômica, como já foi dito, o governo perdeu-se num emaranhado de politicagens que não focou o principal. Deixou de fazer o dever de casa no controle de gastos. Aliás, pecado cometido pelos governos estaduais.

De acordo com o site Contas Abertas, dentre os 23 estados que entregaram relatórios de gestão do primeiro quadrimestre ao Tesouro Nacional, a maioria já apresenta despesas com pessoal no “limite de risco” estabelecido pela LRF.

Do total, 19 unidades da federação estão nessa situação. A quantidade é mais alta do que no final do ano passado, quando 15 estados e o Distrito Federal estavam em situação semelhante.

Como se vê, a falta de responsabilidade é coletiva. Sobra pra nós, os contribuintes.

Boa semana.