Só está começando!

(Brasília-DF)  O jogo do poder que não precisa de cenários para existir, precisa deles para se alimentar, para se revigorar. Pois, esses cenários voltam a ser colocados à vista a partir desta semana.

 

Dizem que o poder precisa de um teatro pois sem palco, assistência, backstage, roteiro, atores e atrizes, performaces e seus lacaios não funciona bem. O poder se assemelha muito com o ter-por-ter o ter-para-parecer. Não adianta o poder existir sem as pessoas não poderem vê-lo, apalpá-lo, mirá-lo nos olhos. Para uns vontadosos e cálidos, para outros funestros e distantes. 

 

A Presidenta Dilma dará posse a novos ministros, ligados ao PT, a turma da casa, com destaque para o senhor Aloízio Mercadante, na Casa Civil, que deverá dar nova cara a este governo que fingiu, por muito tempo, não dar bola para a política, como se a micropolítica fosse menos política e a macro política fosse desnecessária.

 

Ano passado vivemos as manifestações de junho, elas voltarão com os eventos em torno da Copa do Mundo e as eleições que virão. A política virá forte e as pessoas, gostem ou nem dela, se curvarão às suas evidências.  As pessoas deverão se ajustar a esta rotina inescapável.  É o sistema, estúpido!( dirão os cínicos!)

 

Câmara e Senado retomam os trabalhos.  O Judiciário, também.  A reforma ministerial no Executivo deverá seguir por todo o mês de fevereiro.

 

Serão muitos os eventos.  No Legislativo serão muitas Medidas Provisórias e projetos urgentes, como o Marco da Internet e a criação dos municípios.  No Judiciário, a solução para a prisão de condenados do processo conhecido como mensalão do PT, além do início do julgamento, mais midiático, do mensalão tucano e da parte final do julgamento do fim das doações das empresas - são só alguns.  No Executivo, teremos revelações e veremos uma nova Dilma e um novo Governo Federal. Entre os partidos políticos veremos como a união PSB-Rede vai se portar e como o PSDB, agora mais pacificado, vai lidar com sua missão, de fazer uma verdadeira oposição e uma geração de posição, alternativa, ao que está aí.

 

Tudo isso se dará neste ano mítico, onde as economias tradicionalmente mais ricas, especialmente os Estados Unidos e a própria Europa, estão reavaliado o capitalismo.  Os Estados Unidos nunca estiveram tão liberais, que é a forma como eles chamam posturas mais pelo sociais, ou socialistas.  Nunca houve no país onde o maior mérito era vencer, da forma que fosse, tanto questionamento a riqueza pela riqueza, os frutos com poucos. Não se sabe se é só um rasgo, como se viu nos anos 50 do século passado. 

 

Neste ano, estamos celebrando, lembrando ou simplesmente observando os 50 anos do Golpe de 1964 e os 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial. Marcos para o Brasil e para o Planeta. A Grande Guerra foi mais impactante para a Europa, é bom que se destaque.

 

Tudo isso e misturado num ano que no Brasil tenta começar mais cedo, indo contra a tradição de tudo só se iniciar depois do Carnaval. No Hemisfério Norte, especialmente os Estados Unidos e Europa, o inverno duro e as nebulosidades que vêm da China, notadamente, também geraram um hiato, estranho.

 

Bem, vamos ver onde dará tudo isso. É trincar os dentes, pois fechar o nariz não dá!

 

Boa semana a todos.

 

Foi Genésio Araújo Jr, é jornalista

 

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