31 de julho de 2025

Quem vamos querer na proa?!

A coluna de Genésio Junior é editada todos os domingos neste espaço

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( Brasília-DF, 04/07/2010)) Esta última semana de junho, e comecinho de julho, foi bem além do que se esperava dela.
Esperava-se, quando começamos o sexto mês do ano, que a política meio que tirasse férias! Era aguardado que os dias movimentados de Copa do Mundo, onde as pessoas dão de ombros a quase tudo que não tenha a ver com o “Planeta Bola”, tanto é que as mulheres e crianças se envolvem tanto que não se tem como fugir do lúdico disso tudo – não nos concedesse muito para contar. No máximo, viríamos ,ao final da temporada , nada além que uma possível vantagem do candidato das oposições à Presidência nas pesquisas de opinião!
Na verdade, fomos muito além: terminamos a temporada com um empate técnico( dando fôlego a uns e tirando o sapato alto de outros); a escolha do vice do tucano surpreendeu; a regra dos ficha limpa vive um momento de indefinição; a possibilidade da verticalização ronda arranjos montados; a confirmação de crescimento econômico em níveis chineses acaba por impressionar. Acho que é possível se encontrar mais razões para tanto espanto com os últimos dias.
Com o fim da Copa do Mundo, mais cedo para nós, é possível que mais coisas possam se esclarecer.
Existe o substancial e o eventual nisso tudo. Parece evidente que esta eleição presidencial deverá se encerrar no primeiro turno. O pouco tempo de tevê da candidata Marina Silva(PV) serve de argumento para esta ilação. Gostem ou não os entusiastas das pesquisas eleitorais, é evidente que os números da candidata oficial impressionam por sua inexpressividade eleitoral anterior. Surgem questionamentos: ela teria essa dimensão face ao efeito Lula ou face a mediocridade midiática do candidato das oposições? Muitas especulações podem ser feitas em torno disso. A insistência com a verticalização, a partir do julgamento de uma consulta formulada pelo PPS ao TSE é tão despropositada como foram as liminares concedidas aos fichas sujas. A Justiça se junta aos outros poderes e aplica suas lambanças?
O que é sólido nisso tudo é que o país deve crescer algo em torno de 8%, vamos oferecer mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada e vamos terminar o primeiro ano da década como referência do Novo Mundo. A maioria das consultorias acredita que a América Latina vai rebocar o Mundo. Diferente da Ásia, temos o Brasil com uma democracia importante e muita bioenergia para tocar. Números apontam que das 150 economias do planeta 132 devem crescer uma média mundial de 4% e a Europa terá 9 de suas economias com números negativos no PIB em 2010. Quem for comandar o Brasil nos próximos 8 anos vai conduzir não só o país, mas um Novo Mundo.
Quando formos eleger o novo(ou nova) Presidente do Brasil daqui há três meses estaremos fazendo a escolha sobre quem mais está preparado para conduzir um planeta a partir da proa e não da popa dessa imensa nau mundial.
Eis o mistério da fé.
Por Genésio Araújo Junior